Daqui a meia dúzia de meses quem se vai lembrar desta história das gémeas luso-brasileiras? Quem ainda se lembra das trapalhadas de há uns meses no Ministério das Infraestruturas? Daqui a um ano quem se lembrará do caso de Alexandra Reis e do expedito despedimento de Christine Ourmières (para lá daqueles que considerem ser sócios ou assalariados do Estado Português)? Todos estes casos e casinhos de desgoverno, e respetiva cultura subjacente, contribuem certamente para o marcar passo em que nos enterramos, mas talvez não devessem ser o mais importante tema da atualidade.
Durante vários anos, para não dizer para toda a vida, os
jovens cuja educação se degrada suportarão um passivo para si e para o país. A
recente avaliação PISA veio demonstrar como estamos assustadoramente a andar
para trás. Obviamente que se fosse para a frente, o mérito seria todo do
Governo; como é para trás o Ministro não sabe e palpita-me que não vai chegar a
querer saber. Não vale a pena olhar para tudo o que aconteceu no passado
recente e tentar tirar conclusões? Especular sobre redução das exigências, abolição
de exames, facilitismo de toda a ordem, falta de meios durante os longos
confinamentos, longas greves e falta de docentes, sobre isso podemos especular.
Mas, sobre o futuro do país, numa das suas componentes mais fundamentais, a
coisa não deveria ficar pelas especulações.
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