A chamada transição energética está eleita como um grande
desígnio estratégico para a sustentabilidade do planeta, entrou em inúmeras
agendas e ganhou foro de título de ministério. De forma indiscutível, do lado
errado da imagem está a produção de energia elétrica a partir de combustíveis
fosseis, geradores de CO2, não renováveis e do lado correto estão as energias
renováveis: hídricas, eólicas, solares e algo mais…
Na transposição deste contexto para Portugal, produzimos
cerca de 2/3 do lado bom e 1/3 do lado mau. Será necessário reduzir de 1/3 o
consumo total ou aumentar em 50% o lado bom.
Para a Europa, há uma diferença importante. Em grandes
números, o lado bom é 1/3; o lado mau outro 1/3 e o 1/3 que falta … é a energia
nuclear. Sendo certo que o nuclear não produz CO2, não é certamente renovável e
é preciso bastante boa vontade para a considerar uma energia limpa. Haverá um
cenário em que o nuclear é bom, equivalente ao português 2/3 bom – 1/3 mau e
outro em que o nuclear é mau e deve sair. Neste caso a Europa está a muitas
milhas (KWh) de fazer uma transição energética para energias limpas, mesmo
limpas.
Curiosamente não vejo claramente assumido qual o cenário
oficial em vigor, mas se pensarmos que, por exemplo, em França, o nuclear
representa 70% da produção de eletricidade, está bom de ver de que lado ele vai
cair…
Entretanto, conta-se ao pessoal que para salvar os ursos polares, basta comprar um SUV de potencia, peso e consumo acima do “necessário para as necessidades”, independentemente da fonte de energia que o faz mover e da forma como é utilizado. Obviamente que a sustentabilidade do planeta passa por outra atitude.
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