O pessoal habituou-se a que, quando se senta em frente a um computador, tudo é gratuito, excetuando, eventualmente, a mensalidade da ligação à net. Corrigindo, já não é apenas sentando, será também caminhando com o telefone na mão e com a proliferação das redes wifi gratuitas já nem sequer a assinatura é indispensável.
Como o que está por trás da nossa navegação, redes, servidores, infraestruturas em geral, produção de conteúdos, etc. tem custos e a filantropia tem limites, fica uma conta por pagar. Não sendo eu especialista do tema, nem dispondo de dados detalhados, parece óbvio ser a publicidade quem gera as receitas que alimentam a nossa gratuitidade.
O problema começa quando o vendedor de frigoríficos não quer gastar dinheiro a promove-los junto de esquimós e o do verniz para as unhas não ganha nada em mostrar-me os seus produtos. Entramos no campo da publicidade dirigida e seletiva. Para isso é necessário conhecer as pessoas, os seus hábitos, preferências e sensibilidades.
Neste campo trava-se uma batalha feroz entre a proteção dos dados pessoais e o querer saber “tudo” sobre cada um. Cada vez mais, em cada página que visitamos, em cada notícia que lemos e até em cada local físico por onde passamos, em cada nosso passo soft ou hard, há um registo desse passo, que vai desenhando o nosso perfil e permitir sermos alvejados de forma mais eficaz por quem paga a conta da nossa navegação e gera os lucros correspondentes. Cada vez que nos propõe partilhar ou aceder a informação para “melhorar a nossa experiência”, não se iludam…
Por estes dias, o Facebook está numa tormenta porque “disponibilizou” dados de alguém, muitos alguéns, supostamente para “estudos”, mas que serviram para vender um candidato numas eleições. Não se iludam… O problema não é exclusivo Facebook. Por muita configuração que façamos nas nossas contas, querendo, eles saberão sempre tudo. E depois de vender a informação dificilmente se garante que ela não seja “reutilizada” para outros fins. Não importa se serviu para vender verniz das unhas ou um presidente, nem a cor política do mesmo.
Curiosamente, por um lado, a proteção da privacidade entrava e limita a colocação de câmaras de segurança no espaço público e, por outro lado, sem o sabermos claramente, há um brutal “big brother” a anotar o que fazemos e a comercializar essa informação. Será assim tão diferente a gravação da imagem dos sítios por onde passei fisicamente do registo informático dos sites por onde andei? Não, não é, e a instalação de camaras de segurança tem até uma motivação social, não comercial.
Entretanto, o pessoal continuará a preferir almoços grátis.
Como o que está por trás da nossa navegação, redes, servidores, infraestruturas em geral, produção de conteúdos, etc. tem custos e a filantropia tem limites, fica uma conta por pagar. Não sendo eu especialista do tema, nem dispondo de dados detalhados, parece óbvio ser a publicidade quem gera as receitas que alimentam a nossa gratuitidade.
O problema começa quando o vendedor de frigoríficos não quer gastar dinheiro a promove-los junto de esquimós e o do verniz para as unhas não ganha nada em mostrar-me os seus produtos. Entramos no campo da publicidade dirigida e seletiva. Para isso é necessário conhecer as pessoas, os seus hábitos, preferências e sensibilidades.
Neste campo trava-se uma batalha feroz entre a proteção dos dados pessoais e o querer saber “tudo” sobre cada um. Cada vez mais, em cada página que visitamos, em cada notícia que lemos e até em cada local físico por onde passamos, em cada nosso passo soft ou hard, há um registo desse passo, que vai desenhando o nosso perfil e permitir sermos alvejados de forma mais eficaz por quem paga a conta da nossa navegação e gera os lucros correspondentes. Cada vez que nos propõe partilhar ou aceder a informação para “melhorar a nossa experiência”, não se iludam…
Por estes dias, o Facebook está numa tormenta porque “disponibilizou” dados de alguém, muitos alguéns, supostamente para “estudos”, mas que serviram para vender um candidato numas eleições. Não se iludam… O problema não é exclusivo Facebook. Por muita configuração que façamos nas nossas contas, querendo, eles saberão sempre tudo. E depois de vender a informação dificilmente se garante que ela não seja “reutilizada” para outros fins. Não importa se serviu para vender verniz das unhas ou um presidente, nem a cor política do mesmo.
Curiosamente, por um lado, a proteção da privacidade entrava e limita a colocação de câmaras de segurança no espaço público e, por outro lado, sem o sabermos claramente, há um brutal “big brother” a anotar o que fazemos e a comercializar essa informação. Será assim tão diferente a gravação da imagem dos sítios por onde passei fisicamente do registo informático dos sites por onde andei? Não, não é, e a instalação de camaras de segurança tem até uma motivação social, não comercial.
Entretanto, o pessoal continuará a preferir almoços grátis.
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