Os mesmos que acharam que os EUA “estavam a pedir” o 11/9, também entendem que Israel “proporcionou” o 6/10. Sejamos honestos, não há santos neste campeonato, mas também não há nada que justifique nem uma coisa nem outra. Ou, a haver, não é justificação racional e civilizada. Ou são os ódios incrustados aos judeus que desde 1948 acham muito bem atirá-los todos ao mar, ou são doentes, cegados primariamente contra tudo que é ocidental e americano e que, do conforto das suas esplanadas e poltronas, teorizam “revoluções” que felizmente não lhes tocam, nem afetam o seu bem-estar, que não prezam, mas apreciam.
As imagens que nos chegaram agora de Israel e que ficarão
não são do palestiniano desesperado que apenas tem as pedras da rua para tentar
incomodar o soldado israelita fortemente armado. São de famílias calma e pacificamente instaladas
que são chacinadas e são de jovens divertindo-se num festival de música, como
em qualquer outro lugar semelhante deste nosso mundo, para quem a vida acabou
estupidamente ali.
Duas sugestões. Face à penúria de bens essenciais que afeta
o território de Gaza, os seus “responsáveis” podiam trocar a compra dos rockets
por alimentos e medicamentos de que a sua população tanto necessita. Os
financiadores do Hamas, provocadores indiretos, mas fortemente responsáveis por
estas atrocidades, podiam mostrar solidariedade para lá da financeira (a tal
que vai para os rockets). Abram os seus países para receberem uma boa parte dos
palestinianos desesperados. Seria bonito...
E como o armamento não nasce espontaneamente em Gaza, seria
também oportuno escrutinar estes circuitos e quem os alimenta.
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