Há cerca de 3 semanas almoçávamos com um amigo israelita num belo cenário, frente ao Mediterrâneo, em Tel-Avi. Após um périplo por Israel, incluindo a bíblica Galileia, o exótico Mar Morto e o umbigo deste nosso mundo, que se chama Jerusalém, Tel Aviv não era uma cidade especialmente interessante em registo histórico e monumental, mas de uma pujança e vitalidade admirável.
Dizia ele que, no entanto, de um momento para o outro, algo
podia estourar. Desde alguns anos que as novas construções obrigavam a um
abrigo “blindado” em cada apartamento. Gaza ficava apenas a cerca de 70 km.
Efetivamente, as crises podem ser úteis para os políticos de ambos os lados.
Estourou este sábado, de uma forma diferente das previsões.
Ninguém imaginava o Hamas sair assim, e com este sucesso imediato, para
território israelita. Para lá da surpresa pela incapacidade de previsão e antecipação
dos serviços de informação, surpreende-me como um território tão pequeno e
vigiado, pode reunir meios para uma ação deste calibre. Donde vieram os fundos?
Não há muito tempo, dizia-se ser do Qatar, aquele país que procura um lugar na
primeira fila da plateia mundial, pagando o que for necessário, como um
campeonato do mundo de futebol? Ainda será, ou basta o Irão ?
Independentemente dos excessos e abusos que o estado de Israel
tem realizado, especialmente nos colonatos, nada justifica este tipo de ações
do Hamas (e as manifestações de regozijo pelas mesmas que vemos na Europa, são
para tomar a sério). Não é o Hamas em Gaza apenas quem está a fazer isto…
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