Neste espírito de só nos lembrarmos de S. Bárbara quando troveja, também só pensamos na floresta e nas matas quando elas ardem e aí lembramo-nos que é necessário fazer alguma coisa. Dentro dessas coisas e meios, que nunca são os suficientes, podemos lembrar-nos do belo negócio dos helicópteros Kamov, há anos inoperacionais e sem atar nem desatar.
É importante regulamentar as atividades nas áreas florestais
quando o risco é elevado, mas o proibir eventos que podem ser bem enquadrados e
monitorados, parece mais um fazer para dizer que se fez do que uma
significativa redução de risco. Quantas ignições foram registadas em tais
contextos? Vamos fechar todos os parques de campismo não urbanos?
Se um dos problemas de fundo é o abandono do interior e respetiva
inatividade económica, certo que não serão os festivais de verão que os irão
revitalizar estruturalmente, mas retirar de lá os palcos e trazê-los em Lisboa é
simbólico qb.
Regras são necessárias, mas não precisam de ser proibições
cegas. A menos que os confinamentos e outras restrições decretadas nos últimos
tempos tenham desenvolvido o gosto pelo proibir. É sempre fácil proibir; se
isso é construtivo, é outra questão.
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