De facto, se poderá haver quem o use por gosto, muitas o
usarão por pressão social e/ou para não serem assediadas e dificilmente se pode
associar este monástico esconder o cabelo e a beleza que o mesmo transmite a…
beleza.
A Europa tem tradição, parcialmente justificada, de ser
terra de acolhimento. Depois há aquele trauma cristão do “mea culpa”, curiosamente
até mais assumido pela esquerda, segundo o qual os pecados do nosso passado e os
males feitos por esse mundo fora, devem ser expiados recebendo e ajudando todos
os pobres do mundo.
Quem achar que deve haver limites para o que pode chegar e
mudar é imediatamente desclassificado e carimbado como xenófobo. A Europa não é
uma folha de papel em branco onde tudo pode ser escrito, nem uma Torre de Babel
multicultural. Tem a sua cultura e o seu quadro social, no qual os europeus se
reconhecem. O véu islâmico e os princípios que impõem a sua utilização não
estão conforme com os princípios sociais em que a Europa foi construída e teve
sucesso, nomeadamente com o papel da mulher na mesma.
Que uma instituição europeia venha promover e valorizar isto,
sobe a capa da tolerância, demonstra até que ponto os poderes em vigor estão
divorciados dos sentimentos da população. Na campanha presidencial francesa, assiste-se
a uma subida fulgurante de Eric Zemmour e simplesmente apontar a componente
xenófoba do que ele diz ou uma vez disse é insuficiente para o desacreditar
face aos eleitores chocados com a desfiguração do seu país. Pelo contrário…
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