Por estes dias, Alexei Navalny, um político crítico e opositor a Vladmir Putin foi classificado terrorista, como se dirigisse uma organização daquelas que colocam bombas nos caixotes do lixo das estações de caminho de ferro.
Por estes dias, a Rússia monta um teatro onde ameaça invadir
a Ucrânia, ao que parece para inviabilizar a entrada desta na Nato. Provavelmente
terá sucesso. A Europa da Nato defende a liberdade e a autodeterminação dos
povos, mas será muito impopular assumir a obrigação de enviar os seus cidadãos
combater numa guerra por lá, quando os confinamentos da pandemia já são
considerados pelas suas juventudes como um dramático e traumatizante enorme problema.
É legitimo esperar que neste mundo onde vivemos e queremos
viver, as ambições e as tensões se resolvam por outras formas que não com balas
nas carnes. E é também obrigatório chamar os bois pelos nomes. Ditador quando é
ditador, terrorista quando é terrorista. Gostava que todos os partidos em
campanha fossem claros quanto a estes nomes e estes bois. É o modelo de
sociedade que está em causa.
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