Pode o cidadão Eduardo Cabrita ser criminalmente inocente no
famoso caso do atropelamento mortal do trabalhador na A6. Mas a um líder, e um
ministro deve ser um líder exemplar, exige-se muito mais do que o básico
cumprimento da lei. Entre outras coisas exige-se integridade e coragem.
Obviamente que um simples passageiro de um táxi não é responsável por um
atropelamento que o condutor provoque; agora se este for sistematicamente a
infringir o código da estrada, já qualquer cidadão que o aperceba, mesmo sem
ser o ministro que tutela a segurança rodoviária, tem obrigação de reagir.
Sabendo que é prática corrente as comitivas ministeriais
viajarem a velocidades largamente acima dos limites legais, custa a crer que o
mesmo não seja feito a solicitação ou, pelo menos, concordância tácita dos
senhores ministros. Se for assim é uma enorme covardia Eduardo Cabrita
resguardar-se no “não tenho nada a ver com isso”. A outra hipótese de serem os
motoristas que por sua livre e espontânea vontade decidem conduzir à velocidade
que lhes dá na gana e os senhores ministros não se apercebem/não reagem, há
aqui gente a dormir na forma e dormir tanto e tantas vezes não é credível.
Obviamente que com lideranças a darem estes exemplos a viagem
do país não segue por bons caminhos.
PS: Demorarmos quase 6 meses para conhecer a velocidade do veículo; quantos tempo mais será necessário para saber quantas pessoas iam no veículo? Vergonhoso e indigno.
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