Não sei se Manuel Pinho cometeu crimes ou não, não sei se a sua detenção é abusiva ou justificada. Nesta dimensão, e para essas respostas, não sei se a justiça está a ser justa ou se chegará a sê-lo, se por excesso ou por defeito.
Agora, há uma coisa que para mim é indiscutível e
independente de acórdãos e recursos. Mesmo sem eventual crime existente ou
provado, é inaceitável que um responsável pela coisa pública, especialmente ao
nível de ministro, possua bens “ao largo”, em offshores. Com que fim, qual a necessidade?
A possível inocência penal de Manuel Pinho e atual presunção
de inocência não branqueiam algo que é inadmissível num Estado que queremos sério
e dirigido por gente insuspeita. O processo nos tribunais é um assunto em curso;
a condenação clara e inequívoca da conduta política é uma exigência,
indiscutível para este caso e outros análogos.
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