Anteontem todos os portugueses de Norte a Sul, desde os de
berço aos mais séniores, com rendimentos de milhões ou pensão mínima, foram todos
chamados a dar uma prenda de Natal de cerca de 310 euros a uma empresa
estatizada chamada TAP.
De todos os argumentos apresentados sobre a importância
estratégica da empresa para o país não há um único que os fatos e os números
não desmontem. Será importante para quem quer voar de Lisboa em voos diretos e
não se importa de pagar algo mais. Face aos 10,3 milhões de que contribuem, são
muito poucos.
Há empregos em causa, sim, mas mal estaríamos se fossemos
estatizar e financiar com dinheiros públicos todas as empresas e setores em dificuldades.
Acrescente-se que os prejuízos da TAP não nascerem com o
Covid. A empresa tem uma relação crónica com os apertos financeiros e só mesmo uma
enorme fé no Pai Natal pode fazer alguns acreditar que este “investimento” terá
retorno e que desta vez é que vai ser.
Dispensava-se esta prenda forçada, sobretudo pensando em tudo o que se poderia fazer em alternativa com estes 3,2 mil milhões de euros.
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