27 setembro 2017

Não havia necessidade…


Faz-me bastante impressão essa coisa da teoria do género, assim como que se masculino ou feminino, ou ambos ou nenhum, fossem uma coisa mais do sentimento do que natureza. De ciência, já ouviram falar? De genética, de cromossomas e afins, que demonstram claramente que o masculino/feminino tem diferenças para lá da dimensão emocional ou cultural!? É que não me consta ter ocorrido uma mutação genética da nossa espécie, de forma a não haver mais XX e XY e agora ser toda a gente “tipo ZZ”.

Há partes do mundo em que a homossexualidade é crime castigado com pena de morte, noutros simplesmente dá direito a umas chicotadas ou vergastadas. Pelas nossas paragens, é certo que ainda é encarada com menosprezo e ironia por muitos, e assim será durante alguns tempos, mas tenho sérias dúvidas de que isso se resolva com (mais) legislação, até porque em termos de enquadramento jurídico, efetivamente, já não há muito mais a fazer.

Como me parece que a evolução que falta é mais de mentalidade do que de polícia, é mais de falar e convencer (eventualmente de envergonhar) do que de decretar, tenho dificuldade em entender como não param as iniciativas legislativas e este constante inventar, inovar e estar à frente nos chamados temas fraturantes. Temas “solidarizantes”, não, não estão “in”. O que está “in” é fraturar, assim tipo puto rico e reguila, a quem dá gozo partir os vidros do carro do papá.

A proposta de lei apresentada de qualquer um, aos 16 anos, poder escolher, por si próprio sem mais, o género que quiser, como quem escolhe a cor do cabelo, parece-me de uma irresponsabilidade e de uma ligeireza atrozes, isto para não usar palavras mais fortes. Andamos a brincar com o quê, pessoal?!

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