Nasci perto do mar e raramente me afastei dele. Não tão próximo a ponto de lhe sentir o cheiro, mas o suficiente para ouvi-lo durante a noite. Na prática para o não ouvir, dado que só o ouve efetivamente quem a esse ruído de fundo não está habituado. No verão, durante um mês, passava umas dez horas por dia na praia da Aguda. Na altura ainda não havia restrições com os UV’s. Conheci e batizei os seus rochedos, hoje afogados em areia por uma daquelas obras que parecem projetadas por quem ignora o mar.
Apesar desta proximidade, há a gente da terra e a gente do mar. Numa estatística caseira e improvisada recordo muito poucas famílias mistas. Os pescadores e as vareiras eram uma comunidade à parte, vivendo numa linha estreita, donde eles saiam para o mar, para pescar, e elas para a terra, para vender o peixe. Não me recordo de tensões nem de nenhum sentimento de hostilidade, nem sequer de antipatia. À parte umas considerações sobre hábitos higiénicos (sem mais precisão), as pessoas respeitavam-se, mas pertencendo claramente a mundos diferentes.
Lembrei-me de tudo isto ao fotografar a procissão ao mar nas festas de Viana deste ano, donde extraí a foto acima, está um pequeno álbum nesta ligação, dizendo a mim próprio: Gente do mar! :)
Apesar desta proximidade, há a gente da terra e a gente do mar. Numa estatística caseira e improvisada recordo muito poucas famílias mistas. Os pescadores e as vareiras eram uma comunidade à parte, vivendo numa linha estreita, donde eles saiam para o mar, para pescar, e elas para a terra, para vender o peixe. Não me recordo de tensões nem de nenhum sentimento de hostilidade, nem sequer de antipatia. À parte umas considerações sobre hábitos higiénicos (sem mais precisão), as pessoas respeitavam-se, mas pertencendo claramente a mundos diferentes.
Lembrei-me de tudo isto ao fotografar a procissão ao mar nas festas de Viana deste ano, donde extraí a foto acima, está um pequeno álbum nesta ligação, dizendo a mim próprio: Gente do mar! :)
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