Desde que o parlamento catalão votou a realização de um referendo pela independência e o poder central o julgou ilegal, em sede de Tribunal Constitucional, que muitas cosas estranhas se passam por ali.
As autoridades de Madrid, querem fazer aplicar a lei, doa a quem doer. Os independentistas parecem estar borrifando-se para isso e acham que a vontade do povo (pelo menos duma parte, da deles…) é soberana. Vimos assim saírem ordens de prisão para todos os que organizarem, promoverem ou divulgarem o referendo e vemos autarcas, membros do governo local e até mesmo forças da ordem (os “Mossos”) a ignorarem determinações de juízes!
Estamos num ponto onde uma discussão e um debate razoável e civilizado já não parecem possível. Não sei julgar onde está a “culpa” maioritária ou minoritária, se na arrogância centralizadora, se no menosprezo pela lei dos separatistas. É certo que a História passa por vezes por saltar as leis, mas duvido muito que isso seja válido/necessário no enquadramento atual.
Vale tudo, até dizer que os governantes catalães interrogados, são presos políticos! É curioso ver alguém outorgar-se o direito de ignorar uma deliberação do poder judicial e a seguir queixar-se de sofrer uma suposta violação do Estado de Direito (que formalmente até não existe). O achar que as leis são para cumprir apenas quando no nosso interesse, é o princípio de uma coisa muita feia.
Em Portugal não temos uma Catalunha (parcialmente) assanhada, mas esta lógica (e esta lata) de alavancar poder com argumentação falaciosa que não resiste a duas simples perguntas, parece ser moda e, pior, eficaz, já que a tática é não responder objetivamente a perguntas, mas apedrejar argumentos. A ligeireza irresponsável, a arrogância intelectualmente desonesta e o faciosismo tribal, não auguram nada de bom para a futuro da liberdade e da democracia, nem na Catalunha nem aqui.
As autoridades de Madrid, querem fazer aplicar a lei, doa a quem doer. Os independentistas parecem estar borrifando-se para isso e acham que a vontade do povo (pelo menos duma parte, da deles…) é soberana. Vimos assim saírem ordens de prisão para todos os que organizarem, promoverem ou divulgarem o referendo e vemos autarcas, membros do governo local e até mesmo forças da ordem (os “Mossos”) a ignorarem determinações de juízes!
Estamos num ponto onde uma discussão e um debate razoável e civilizado já não parecem possível. Não sei julgar onde está a “culpa” maioritária ou minoritária, se na arrogância centralizadora, se no menosprezo pela lei dos separatistas. É certo que a História passa por vezes por saltar as leis, mas duvido muito que isso seja válido/necessário no enquadramento atual.
Vale tudo, até dizer que os governantes catalães interrogados, são presos políticos! É curioso ver alguém outorgar-se o direito de ignorar uma deliberação do poder judicial e a seguir queixar-se de sofrer uma suposta violação do Estado de Direito (que formalmente até não existe). O achar que as leis são para cumprir apenas quando no nosso interesse, é o princípio de uma coisa muita feia.
Em Portugal não temos uma Catalunha (parcialmente) assanhada, mas esta lógica (e esta lata) de alavancar poder com argumentação falaciosa que não resiste a duas simples perguntas, parece ser moda e, pior, eficaz, já que a tática é não responder objetivamente a perguntas, mas apedrejar argumentos. A ligeireza irresponsável, a arrogância intelectualmente desonesta e o faciosismo tribal, não auguram nada de bom para a futuro da liberdade e da democracia, nem na Catalunha nem aqui.
2 comentários:
Vai acabar mal obviamente. Não houve serenidade para se explicarem as vantagens e inconvenientes da independência e ficamos sem saber se existe ou não uma maioria catalã nesse sentido. Ninguém sai bem na fotografia, e não vai haver nos próximos tempos a serenidade necessária para acalmar as hostes. Uma tristeza.
Sim, não vai acabar bem e vão ficar feridas e cicatrizes. Como me dizia um amigo: eu sou catalão, mas também sou espanhol e estou farto de políticos. Esta questão da independência/autonomia devia ser discutida num contexto mais ponderado e refletido e não pilotado por políticos excitados e irresponsáveis, para quem, pelo (seu) poder vale tudo.
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