Dois altos dirigentes desta empresa pública com imagem e histórico de excelência, num país onde as responsabilidades são assumidas com seriedade, demitiram-se na sequência de uma manipulação na edição de um discurso de Donald Trump. Este, no fundo, agradece o favor que lhe fizeram. Infelizmente não é caso isolado, já que muitos jornalistas decidiram ser cavaleiros de nobres causas, em vez de profissionais de informação. Quem é pago para produzir informação deve produzir informação, em vez de ser ativista pelas suas convicções. Quem compra informação, espera receber informação e não doutrinamento.
Para além de descredibilizarem estes órgãos de informação
que, nestes tempos de desinformação fácil e abundante, são mais do que nunca
necessários para a sanidade e objetividade na opinião pública, estas cruzadas
ideológicas têm um efeito absolutamente oposto pela assimetria evidente e
descarada no tratamento dos temas.
Por exemplo, num caso de polícia envolvendo uma “minoria”,
esses detalhes factuais são omitidos, para não provocar generalizações
abusivas. Noutros casos é promovida a notícia a simples “suspeita de ligações à
extrema-direita”.
Por cá as atitudes sobranceiras nas entrevistas a André
Ventura não o diminuem, pelo contrário. Acabam por ser uma bênção para o seu
projeto de poder. Muitos jornalistas precisam de voltar à escola (não à madraça).
Atualizado em 14/11/2025 com a publicação no "Público".


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