Na imagem acima podemos ver um Lancia e um Citroen de rally, respetivamente de meados dos anos 70 e da atualidade. Como é visível entre um DS e um Stratos as diferenças em peso, potencia, conceito, dimensões, etc…são tão abismais que até admira como poderiam partilhar as mesmas provas.
Uma particularidade a assinalar, o DS estava a terminar a
sua carreira e o Stratos a começar. A marca francesa desapareceu deste mapa e a
representação do seu grupo ficou entregue à Peugeot com o revolucionário e mítico
205 T16, depois de uma breve passagem, com sucesso, pelas cores da Talbot.
A Lancia, depois de uma cedência temporária do palco à Fiat,
viria a brindar-nos posteriormente com outras máquinas de sonho como o 037 e os
Deltas, que, quem os viu, não esqueceu. Daí que o anúncio do retorno da marca
italiana aos ralis muitos sorrisos gerou.
Passamos à linha de baixo na imagem, há um ponto em comum
com a de cima. O Citroen também está de saída e o Lancia está a chegar. A
diferença, no entanto, é de que não se trata de dois veículos com muitas
diferenças, nem conceptualmente, nem de componentes. O motor até será, grosso
modo, o mesmo nestas duas máquinas do grupo Stellantis. O regresso da Lancia é
mais o resultado de uma estratégia do grupo que precisa de gerir e promover 14
marcas, do que um projeto nascido algures com plena individualidade. Certamente
que o marketing irá “italianizar” a imagem do novo carro e colori-lo de forma a
parecer… um Lancia!
Aguardemos para ver qual o sucesso desportivo e até que
ponto ele conseguirá capitalizar todo o carisma dos seus antecessores (de
nome). Pelo menos, para mim, para já, não deixa de ser Lancia!

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