13 agosto 2023

Não há pachorra..

 

Tiago Oliveira, reconhecido como técnico competente e não comissário político, presidente da AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais) disse no Parlamento que “os corpos de bombeiros receberem em função da área ardida”, constituiu um “objetivo perverso”.

É verdade ou não? Se for mentira ele deve retratar-se. Sendo verdade, é evidente que há algo de perverso no esquema, sem isso significar que os bombeiros deixem arder para faturar.

É óbvio que os incentivos e os investimentos devem estar na prevenção, em gerar dinâmicas económicas “positivas” e não pagar os estragos ao metro.

A reação da Liga dos Bombeiros Portugueses de virgem ofendida a exigir a demissão de Tiago Oliveira por estarem “ofendidos e chocados” é muito típica e já que não corro o risco de ser demitido por isto:

- Há necessariamente uma enorme dedicação e boa vontade solidária em milhares de bombeiros voluntários por este país fora

- Esse mérito não invalida o poder/dever questionar a forma como são financiados e como gerem os seus fundos. O fato de serem dedicados e voluntários não deve constituir blindagem ao escrutínio.

- Em termos de prevenção o que fazem neste momento os bombeiros? Divulguem e explicam, porque ouvir não se ouve muito falar

Sejam objetivos e concretizem. De virgens ofendidas está o inferno cheio


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