Tiago Oliveira, reconhecido como técnico competente e não comissário
político, presidente da AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais)
disse no Parlamento que “os corpos de bombeiros receberem em função da área
ardida”, constituiu um “objetivo perverso”.
É verdade ou não? Se for mentira ele deve retratar-se. Sendo
verdade, é evidente que há algo de perverso no esquema, sem isso significar que
os bombeiros deixem arder para faturar.
É óbvio que os incentivos e os investimentos devem estar na
prevenção, em gerar dinâmicas económicas “positivas” e não pagar os estragos ao
metro.
A reação da Liga dos Bombeiros Portugueses de virgem ofendida
a exigir a demissão de Tiago Oliveira por estarem “ofendidos e chocados” é muito
típica e já que não corro o risco de ser demitido por isto:
- Há necessariamente uma enorme dedicação e boa vontade
solidária em milhares de bombeiros voluntários por este país fora
- Esse mérito não invalida o poder/dever questionar a forma
como são financiados e como gerem os seus fundos. O fato de serem dedicados e voluntários
não deve constituir blindagem ao escrutínio.
- Em termos de prevenção o que fazem neste momento os bombeiros?
Divulguem e explicam, porque ouvir não se ouve muito falar
Sejam objetivos e concretizem. De virgens ofendidas está o
inferno cheio
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