É indiscutível o enorme esforço e dedicação que abnegada e voluntariamente
muitos bombeiros dedicam a causas humanitárias e solidárias. Merecem, sem
dúvida, o nosso respeito, reconhecimento e agradecimento.
No entanto, os bombeiros e respetivas associações não são
certamente um corpo único e homogéneo. Como em todos os setores haverá pessoas
com diferentes valores e princípios. Os elementos e corporações sãos terão todo
o interesse em ver separado o trigo do eventual joio. Por isso custa a entender
as reações generalizadoras de “virgem ofendida”, cada vez que é evocado algo
que potencialmente pode não estar correto no meio.
O seu mérito não invalida o poder/dever questionar a forma
como são financiados e como gerem os seus fundos. O fato de serem dedicados e
voluntários não deve constituir blindagem ao escrutínio.
O problema recorrente que temos com os incêndios florestais,
deve fazer questionarmos se estamos a fazer tudo corretamente em termos de
formação, utilização de meios, estratégias de prevenção, etc
Quem não deve, não teme; quem tem espírito aberto ouve e
aprende… e de virgens ofendidas está o inferno cheio.
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