Dentro das polémicas e contestações que se desenvolveram em torno das JMJ e da intervenção do Estado nas mesmas, existe questionamento sobre se este deve pagar infraestruturas ou serviços associados a um evento que não é dirigido a toda a população.
É uma discussão que teria bastante sentido se este evento
fosse algo de recorrente e onde, ainda por cima, os seus participantes tivessem
predisposição a criar confusão e a precisar de dispositivos de segurança
reforçados. Não sendo o caso, nem pela frequência do evento, nem pela atitude
dos participantes, parece-me algo despropositado inventar mais uma polémica com
o caso.
Isto evoca-me, no entanto, uma outra situação, esta sim
recorrente e com muitos participantes de comportamento pouco civilizado. Falo,
naturalmente, do futebol profissional, um negócio pouco transparente. que de
desporto já tem pouco e cujo contributo para a construção de uma cidadania
responsável está próximo de nulo, para não dizer negativo.
Os dispositivos de segurança necessários para conter as
hordas de vândalos que semana após semana buscam semear confusão por onde
passam deveriam ser pagos por eles e por quem os fomenta, não pelo inocente
contribuinte, certo?
Carlos JF Sampaio
Esposende
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