Começo com uma declaração de interesse: sou agnóstico de matriz cultural cristã. Não possuo a tal fé, mas nascido e criado em meio católico, não sou indiferente nem estranho aos seus valores. A tragédia do incêndio na Notre Dame de Paris faz-nos recordar isso. Até que ponto as igrejas, mosteiros e catedrais são nossos e defenidores da nossa identidade.
Recordo-me de há uns anos, na discussão sobre a preambulo da chamada Constituição Europeia, muito se polemizou com a herança e a influencia cultural cristã na História deste continente. Na altura manifestei-me contra a referência, mas, e esta é que é esta, ela existe, mesmo que não esteja escrita e evidenciada em tratados.
Não, não está certo esterilizar o significado das catedrais a simples monumentos históricos; não, também não me parece certo acantonar a sua importância a templos, que só falam aos seus crentes. Bem ou mal, para mim mais bem do que mal, há algo que se sente nestes lugares e que transcende a simples dimensão de um lugar de um culto. Talvez fosse interessante que os seus guardiões vissem este fenómeno mais como uma riqueza do que uma profanação.
Não está em causa especialmente a espetacularidade de, por exemplo, os telhados de uma catedral gótica, mas mais a beleza tranquila de uma igreja cisterciense. Estes locais falam-nos.
O incêndio também nos disse e recordou a finitude, mesmo da pedra e da madeira secular. Que fique essa lição…
Recordo-me de há uns anos, na discussão sobre a preambulo da chamada Constituição Europeia, muito se polemizou com a herança e a influencia cultural cristã na História deste continente. Na altura manifestei-me contra a referência, mas, e esta é que é esta, ela existe, mesmo que não esteja escrita e evidenciada em tratados.
Não, não está certo esterilizar o significado das catedrais a simples monumentos históricos; não, também não me parece certo acantonar a sua importância a templos, que só falam aos seus crentes. Bem ou mal, para mim mais bem do que mal, há algo que se sente nestes lugares e que transcende a simples dimensão de um lugar de um culto. Talvez fosse interessante que os seus guardiões vissem este fenómeno mais como uma riqueza do que uma profanação.
Não está em causa especialmente a espetacularidade de, por exemplo, os telhados de uma catedral gótica, mas mais a beleza tranquila de uma igreja cisterciense. Estes locais falam-nos.
O incêndio também nos disse e recordou a finitude, mesmo da pedra e da madeira secular. Que fique essa lição…
1 comentário:
Totalmente de acordo
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