Numa dada fase da minha adolescência, não muito longe de 1974, eu não tinha muita paciência para ouvir falar de glórias passadas e concretamente do período áureo da nossa História, o dos Descobrimentos, ou Navegações, ou o que quer que lhe queiram hoje chamar.
Porquê? Porque era um exagero, na minha perspetiva, bater e rebater naquela tecla, por muito brilhante que tivesse sido. “Já fomos grandes, havemos de reencontrar as glórias passadas” (eventualmente numa manhã de nevoeiro…). Falar mais do passado do que olhar para o futuro e agir no presente não é bom remédio para nada.
Hoje, ao ver recordado e celebrado este dia de 1974, fico contaminado com o mesmo sentimento. Sim foi um grande momento, emocionante de enorme alegria e esperança, indiscutivelmente há claramente no país um antes e um depois, mas … já chega. Sem desvalorizar a data, já chega de apelar ao espírito de Abril como fármaco para tratar os males atuais.
Sabemos que, se na manhã do 25 o sentimento no país não era uníssono, mas quase, também sabemos que do 26 para a frente, quando foi preciso fazer, as divergências foram enormes e o perigo de entrar em caminhos perigosos bem real.
Quando ouço os protagonistas atuais, que diariamente nos brindam com atos desonestos, displicentes, incompetentes e a lista continuaria, subiram a um púlpito e falar bonito sobre o 25 de Abril, a minha reflexão é: e se deixasses de tretas, de maior ou menor belo efeito, e apenas, somente apenas, tivesses a humildade e a coragem de ser sério?
Porquê? Porque era um exagero, na minha perspetiva, bater e rebater naquela tecla, por muito brilhante que tivesse sido. “Já fomos grandes, havemos de reencontrar as glórias passadas” (eventualmente numa manhã de nevoeiro…). Falar mais do passado do que olhar para o futuro e agir no presente não é bom remédio para nada.
Hoje, ao ver recordado e celebrado este dia de 1974, fico contaminado com o mesmo sentimento. Sim foi um grande momento, emocionante de enorme alegria e esperança, indiscutivelmente há claramente no país um antes e um depois, mas … já chega. Sem desvalorizar a data, já chega de apelar ao espírito de Abril como fármaco para tratar os males atuais.
Sabemos que, se na manhã do 25 o sentimento no país não era uníssono, mas quase, também sabemos que do 26 para a frente, quando foi preciso fazer, as divergências foram enormes e o perigo de entrar em caminhos perigosos bem real.
Quando ouço os protagonistas atuais, que diariamente nos brindam com atos desonestos, displicentes, incompetentes e a lista continuaria, subiram a um púlpito e falar bonito sobre o 25 de Abril, a minha reflexão é: e se deixasses de tretas, de maior ou menor belo efeito, e apenas, somente apenas, tivesses a humildade e a coragem de ser sério?
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