Sim, existe um animal chamado ser humano, a mesma espécie em vários continentes e latitudes; sim, teoricamente tem direitos universalmente reconhecidos, independentemente da raça, credo, género, etc; sim, ele pode viajar e migrar pelo planeta; sim, mas… também possui uma dimensão cultural e social que não é igual em todo o mundo, nem pode ser ignorada.
Com maior ou menor dependência, com maior ou menor facilidade de adaptação, todos temos um habitat sócio – cultural específico onde estamos integrados. Cada qual e cada um, imagine-se deslocado para as estepes da Ásia Interior e pense se seria feliz a viver aí para o resto da sua vida. Não somos todos iguais, não reagiríamos todos da mesma forma, mas uma larga maioria, certamente, não se sentiria “em casa”.
Migrações. Há que distinguir o contexto temporário, sequência de uma guerra ou catástrofe natural, da situação definitiva. Por muita compaixão que tenhamos por quem vive mal, e devemos tê-la e mobilizarmo-nos para melhorar a vida de todos os seres humanos, um ser humano não pode ser encarado como um infeliz animal abandonado, do qual temos pena e que trazemos para casa. E não pode sê-lo por várias razões. A primeira é existir uma enorme probabilidade de ele não se sentir feliz num habitat, eventualmente materialmente melhor e mais seguro, mas diferente do seu original. Os problemas que se vivem nas “comunidades” por essa Europa fora, têm muito a ver com isto, apesar de todos os esforços de integração realizados. Não pode ser feito em grande escala, porque isso equivale a retirar recursos aos seus locais de origem e empobrece-los adicionalmente. E também porque uma chegada massiva altera o habitat destino, tornando-o estranho para todos, os que chegam e os que lá estavam. Não confundir com xenofobia.
Os nossos habitats evoluem, mas, uma vez mais de forma variável conforme cada qual e cada um, essa mudança tem uma velocidade limite aceitável e integrável. Se for demasiada rápida, será vista como uma rutura de referência. Isto não é xenofobismo.
A missão e obrigação de melhorar sustentavelmente a sorte dos mais desfavorecidos deste planeta não passa por trazê-los todos para nossa casa.
Com maior ou menor dependência, com maior ou menor facilidade de adaptação, todos temos um habitat sócio – cultural específico onde estamos integrados. Cada qual e cada um, imagine-se deslocado para as estepes da Ásia Interior e pense se seria feliz a viver aí para o resto da sua vida. Não somos todos iguais, não reagiríamos todos da mesma forma, mas uma larga maioria, certamente, não se sentiria “em casa”.
Migrações. Há que distinguir o contexto temporário, sequência de uma guerra ou catástrofe natural, da situação definitiva. Por muita compaixão que tenhamos por quem vive mal, e devemos tê-la e mobilizarmo-nos para melhorar a vida de todos os seres humanos, um ser humano não pode ser encarado como um infeliz animal abandonado, do qual temos pena e que trazemos para casa. E não pode sê-lo por várias razões. A primeira é existir uma enorme probabilidade de ele não se sentir feliz num habitat, eventualmente materialmente melhor e mais seguro, mas diferente do seu original. Os problemas que se vivem nas “comunidades” por essa Europa fora, têm muito a ver com isto, apesar de todos os esforços de integração realizados. Não pode ser feito em grande escala, porque isso equivale a retirar recursos aos seus locais de origem e empobrece-los adicionalmente. E também porque uma chegada massiva altera o habitat destino, tornando-o estranho para todos, os que chegam e os que lá estavam. Não confundir com xenofobia.
Os nossos habitats evoluem, mas, uma vez mais de forma variável conforme cada qual e cada um, essa mudança tem uma velocidade limite aceitável e integrável. Se for demasiada rápida, será vista como uma rutura de referência. Isto não é xenofobismo.
A missão e obrigação de melhorar sustentavelmente a sorte dos mais desfavorecidos deste planeta não passa por trazê-los todos para nossa casa.
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