Vinte e dois deputados desta nação, e invocando expressamente esse estatuto, escreveram ao Supremo Tribunal Federal do Brasil apelando à libertação de Lula da Silva. Para começar, do ponto de vista formal e institucional, não faz nenhum sentido deputados enviarem recados destes a magistrados. Com o Atlântico pelo meio, pior ainda.
Segundo estes nossos representantes eleitos, “Lula de Silva é hoje reconhecido mundialmente como um preso político” (!?). Isto é um enorme insulto ao sistema judicial brasileiro, ignorando oportunisticamente que neste processo foram julgados e condenados figurões de diversos quadrantes políticos e de grandes grupos económicos.
É irónico recordarem o contributo de Lula para retirar da pobreza milhões de brasileiros. Independentemente do mérito que possa ter ido nessa realidade, num país decente isto é absolutamente irrelevante para o processo judicial, a menos que se queira valorizar o “Roubou, mas fez!”.
Consultei recentemente uma publicação da “Transparency International” com uma ordenação da corrupção percecionada no setor público, em 180 países do mundo. Como em todos os exercícios deste tipo, serão certamente discutíveis os critérios de avaliação e a ponderação. No entanto, é claríssimo existir uma correlação muito forte entre corrupção e subdesenvolvimento. Ou seja, nos países em que o setor público mais rouba é onde as populações pior vivem.
Na teoria toda a gente está de acordo e condena a corrupção. No entanto, na prática, quando o problema atinge a “tribo”, muito facilmente se assobia para o lado ou pior, como neste caso e noutros cá do burgo, tenta-se branquear responsabilidades, conjeturando histórias da carochinha. Meus senhores, enquanto continuarmos a colocar o filtro da simpatia à frente destes factos, a corrupção não irá diminuir e continuaremos subdesenvolvidos. Alguém tem dúvidas??
Segundo estes nossos representantes eleitos, “Lula de Silva é hoje reconhecido mundialmente como um preso político” (!?). Isto é um enorme insulto ao sistema judicial brasileiro, ignorando oportunisticamente que neste processo foram julgados e condenados figurões de diversos quadrantes políticos e de grandes grupos económicos.
É irónico recordarem o contributo de Lula para retirar da pobreza milhões de brasileiros. Independentemente do mérito que possa ter ido nessa realidade, num país decente isto é absolutamente irrelevante para o processo judicial, a menos que se queira valorizar o “Roubou, mas fez!”.
Consultei recentemente uma publicação da “Transparency International” com uma ordenação da corrupção percecionada no setor público, em 180 países do mundo. Como em todos os exercícios deste tipo, serão certamente discutíveis os critérios de avaliação e a ponderação. No entanto, é claríssimo existir uma correlação muito forte entre corrupção e subdesenvolvimento. Ou seja, nos países em que o setor público mais rouba é onde as populações pior vivem.
Na teoria toda a gente está de acordo e condena a corrupção. No entanto, na prática, quando o problema atinge a “tribo”, muito facilmente se assobia para o lado ou pior, como neste caso e noutros cá do burgo, tenta-se branquear responsabilidades, conjeturando histórias da carochinha. Meus senhores, enquanto continuarmos a colocar o filtro da simpatia à frente destes factos, a corrupção não irá diminuir e continuaremos subdesenvolvidos. Alguém tem dúvidas??
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