O Huguinho nasceu em família favorecida e juntou uma enorme coleção de automóveis miniatura. O Sr. Padre disse-lhe que ele devia partilhar alguns com os meninos cujos pais tinham menos posses. O Huguinho aceitou o conselho e foi oferecendo algumas miniaturas, enfim, as mais estragadas e as de que gostava menos, aos colegas mais desfavorecidos. O Huguinho tornou-se muito solidário.
O Zezinho não nasceu nem rico, nem perto, mas empenhou-se muito em estudar, aprender e trabalhou seriamente. Hoje tem uma vida desafogada, paga os seus impostos e cumpre todas as obrigações sociais. O Huguinho continua a achar que se deve sempre dividir a propriedade com quem tem menos, mas o Zezinho não concorda completamente, muito especialmente quando está em causa o que se conseguiu por mérito e esforço próprio. O Huguinho continua a ver a riqueza como algo que herdou e vai herdando, culpabilizando-se por ser um favorecido. O Zezinho não sente culpa nenhuma por ter o que tem.
Um destes dias o Huguinho vai participar nuns trabalhos políticos que incluem temas como “A propriedade é o roubo: debate sobre a socialização dos meios de produção”. Ao Zezinho isto parece um grande disparate, mas existir no mesmo programa um outro painel - “Direito à boémia: necessidade da vida noturna para produção e radicalização cultural”, ajuda a entender melhor o contexto.
Obviamente que o universo não se resume a Huguinhos e Zezinhos, mas que há muitos Huguinhos por aí, há…. (e só enfia o barrete quem quiser)
O Zezinho não nasceu nem rico, nem perto, mas empenhou-se muito em estudar, aprender e trabalhou seriamente. Hoje tem uma vida desafogada, paga os seus impostos e cumpre todas as obrigações sociais. O Huguinho continua a achar que se deve sempre dividir a propriedade com quem tem menos, mas o Zezinho não concorda completamente, muito especialmente quando está em causa o que se conseguiu por mérito e esforço próprio. O Huguinho continua a ver a riqueza como algo que herdou e vai herdando, culpabilizando-se por ser um favorecido. O Zezinho não sente culpa nenhuma por ter o que tem.
Um destes dias o Huguinho vai participar nuns trabalhos políticos que incluem temas como “A propriedade é o roubo: debate sobre a socialização dos meios de produção”. Ao Zezinho isto parece um grande disparate, mas existir no mesmo programa um outro painel - “Direito à boémia: necessidade da vida noturna para produção e radicalização cultural”, ajuda a entender melhor o contexto.
Obviamente que o universo não se resume a Huguinhos e Zezinhos, mas que há muitos Huguinhos por aí, há…. (e só enfia o barrete quem quiser)
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