Na sequência do texto anterior sobre abusos, não será certamente abusivo copiar para aqui um excerto da parte final do livro “Pourquoi j’ai cessé d’être islamiste”, de Farid Abdelkrim, muçulmano e ex-islamista francês.
Debater tem um sentido. Significa ouvir. Ouvir e entender que alguns dos meus concidadãos possam estar angustiados. Que eles possam sentir medo, por causa da visibilidade islâmica incarnada, defendida e/ou revindicada por alguns muçulmanos. Neste mundo, aprendi que Deus não se esconde sob um hidjab. Que a grandeza do Islão não se resume ao tamanho de uma barba ou à escuridão de um niaqb. Neste mundo, não dou o mínimo crédito à existência e à pertinência da “islamofobia”. Neste mundo, os muçulmanos – que eu acompanhei durante cerca de 30 anos e continuo a acompanhar – são todos diferentes. Há pessoas boas. Muito boas. E há igualmente malfeitores. Há de tudo. Há vitimas. Mas há também culpados. E inocentes. E idiotas. E santos. Verdadeiros. Há homens. E mulheres. E cidadãos. E mentirosos. E ladrões. E gulosos. E obcecados. E marialvas. E virtuosos. E integristas. E psicopatas. E doentes.
Neste meu mundo, eu não estou só. Há muçulmanos. E há todos os outros… neste mundo. Que contam igualmente.
Neste mundo, alguns creem em Deus… outros não…e há mesmo alguns que se tomam por Deus.
Neste mundo, enfim, debater é vital. Tem sentido. Isso significa alimentar. Mas significa também alimentar-se. As duas coisas ao mesmo tempo, falar e ouvir. É o direito de discordar, sem esquecer o direito de respeitar o desacordo daquele que me fala. É admitir a possibilidade que eu possa estar errado e que ele possa estar certo.
Este é, portanto, o mundo onde estou e onde vivo. Esta é a minha França. A minha concepção do debate também. A minha concepção do homem. E do muçulmano… Mas podemos não estar de acordo.
Debater tem um sentido. Significa ouvir. Ouvir e entender que alguns dos meus concidadãos possam estar angustiados. Que eles possam sentir medo, por causa da visibilidade islâmica incarnada, defendida e/ou revindicada por alguns muçulmanos. Neste mundo, aprendi que Deus não se esconde sob um hidjab. Que a grandeza do Islão não se resume ao tamanho de uma barba ou à escuridão de um niaqb. Neste mundo, não dou o mínimo crédito à existência e à pertinência da “islamofobia”. Neste mundo, os muçulmanos – que eu acompanhei durante cerca de 30 anos e continuo a acompanhar – são todos diferentes. Há pessoas boas. Muito boas. E há igualmente malfeitores. Há de tudo. Há vitimas. Mas há também culpados. E inocentes. E idiotas. E santos. Verdadeiros. Há homens. E mulheres. E cidadãos. E mentirosos. E ladrões. E gulosos. E obcecados. E marialvas. E virtuosos. E integristas. E psicopatas. E doentes.
Neste meu mundo, eu não estou só. Há muçulmanos. E há todos os outros… neste mundo. Que contam igualmente.
Neste mundo, alguns creem em Deus… outros não…e há mesmo alguns que se tomam por Deus.
Neste mundo, enfim, debater é vital. Tem sentido. Isso significa alimentar. Mas significa também alimentar-se. As duas coisas ao mesmo tempo, falar e ouvir. É o direito de discordar, sem esquecer o direito de respeitar o desacordo daquele que me fala. É admitir a possibilidade que eu possa estar errado e que ele possa estar certo.
Este é, portanto, o mundo onde estou e onde vivo. Esta é a minha França. A minha concepção do debate também. A minha concepção do homem. E do muçulmano… Mas podemos não estar de acordo.
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