Entre o sábado 29/7 e a terça-feira 1/8, a estação de comboios de Montparnasse em Paris, viveu dias caóticos, ainda por cima num fim de semana especialmente movimentado. Tudo por causa de uma avaria difícil de encontrar, mas, para lá do problema original, a gestão da contingência agravou o caos. Descoordenação, informação incoerente entre os vários canais da empresa de caminhos de ferro, etc. Não morreu ninguém, mas houve um serviço público que falhou para lá do razoável (não esquecendo que somente nunca falha aquilo que nunca trabalha).
No dia 3/8, dois dias depois de resolvido o problema, o relatório da incidência é publicado pelo Ministério dos Transportes, evidenciando alguma desorganização estrutural com tomadas de decisão tardias, ausência de base de dados única e centralizada para a gestão da informação e tecnologias existentes obsoletas. Segue-se a definição de um conjunto de ações concretas para endereçar os problemas encontrados.
Já chega de detalhes, porque o que se passa nos caminhos de ferro franceses não é assim tão relevante para nós. De realçar apenas a rapidez com que o Estado diagnostica, informa, assume e reage. Lembrei-me dos nossos tempos recentes e, só a título de exemplo, do Siresp. Inicialmente falhava apenas um pouquechinho; depois do desplante de a Altice comprar a TVI, sem pedir licença, passou a estar debaixo de fogo. Muito do que se sabe é devido à investigação jornalística (maldita para alguns) e não à livre iniciativa (e obrigação) dos organismos oficiais. Resultados claros e objetivos do(s) inquérito(s) aparecerão, eventualmente, um dia, sabe-se lá...
Subdesenvolvimento é/nasce disto, por muito que os vendedores da banha da cobra argumentem e convençam algum povo de que a culpa é de Berlim, Bruxelas ou do diabo a sete.
Imagem do "Le Parisien"
No dia 3/8, dois dias depois de resolvido o problema, o relatório da incidência é publicado pelo Ministério dos Transportes, evidenciando alguma desorganização estrutural com tomadas de decisão tardias, ausência de base de dados única e centralizada para a gestão da informação e tecnologias existentes obsoletas. Segue-se a definição de um conjunto de ações concretas para endereçar os problemas encontrados.
Já chega de detalhes, porque o que se passa nos caminhos de ferro franceses não é assim tão relevante para nós. De realçar apenas a rapidez com que o Estado diagnostica, informa, assume e reage. Lembrei-me dos nossos tempos recentes e, só a título de exemplo, do Siresp. Inicialmente falhava apenas um pouquechinho; depois do desplante de a Altice comprar a TVI, sem pedir licença, passou a estar debaixo de fogo. Muito do que se sabe é devido à investigação jornalística (maldita para alguns) e não à livre iniciativa (e obrigação) dos organismos oficiais. Resultados claros e objetivos do(s) inquérito(s) aparecerão, eventualmente, um dia, sabe-se lá...
Subdesenvolvimento é/nasce disto, por muito que os vendedores da banha da cobra argumentem e convençam algum povo de que a culpa é de Berlim, Bruxelas ou do diabo a sete.
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