Não faltam, nem faltarão, vozes de protesto, de condenação e até mesmo pedidos de expulsão do cargo dirigidos a Donald Trump. Não o apoio, não me inspira nenhuma simpatia, mas, se quisermos ser objetivos, uma boa parte do “problema” está mais no estilo do que nas ações. Anda meio mundo escandalizado com o muro na fronteira com o México, quando este até já está construído a metade ou a um terço, sem ninguém na altura ter achado escandaloso. O senhor é provocador e sabe que isso funciona. Por outro lado, ele foi eleito democraticamente, segundo regras eleitorais consagradas há muito tempo, e, estranha-se, está a procurar fazer o que prometeu em campanha. Se aqui há algo errado, será com ele?
Supondo que, enfim..., longe vá o agoiro, o nosso Tino de Rans fosse eleito, de que serviria crucificar depois o senhor na praça pública? Quanto mais o “sistema” tentar ostracizar e ridicularizar estas aberrações, mais sucesso elas terão junto dos “desiludidos do sistema”.
Vejamos o caso das próximas Presidenciais francesas, onde Marine le Pen tenta apanhar a onda, para grande preocupação da elite do costume. O seu adversário natural direto, à direita, é François Fillon. Ora bem, este senhor já está enterrado com o que se descobriu sobre os empregos públicos faz de conta, que arranjou para a mulher e filhos. De que serve demonizar a senhora, com tanta fragilidade nos telhados próprios? É de realçar que isto não é uma especificidade francesa; do que vai pelas nossas terras nada cito, dado que, para ser justo e minimamente abrangente, o texto depois não caberia no espaço habitual de uma crónica.
Estes fenómenos democráticos combatem-se com exemplos, princípios e seriedade e, infelizmente, porta-vozes credenciados para a função são coisa muita rara. E quando os desiludidos do sistema se desiludirem de novo com estas supostas alternativas, o que se seguirá será mais grave do que uma simples desilusão.
Supondo que, enfim..., longe vá o agoiro, o nosso Tino de Rans fosse eleito, de que serviria crucificar depois o senhor na praça pública? Quanto mais o “sistema” tentar ostracizar e ridicularizar estas aberrações, mais sucesso elas terão junto dos “desiludidos do sistema”.
Vejamos o caso das próximas Presidenciais francesas, onde Marine le Pen tenta apanhar a onda, para grande preocupação da elite do costume. O seu adversário natural direto, à direita, é François Fillon. Ora bem, este senhor já está enterrado com o que se descobriu sobre os empregos públicos faz de conta, que arranjou para a mulher e filhos. De que serve demonizar a senhora, com tanta fragilidade nos telhados próprios? É de realçar que isto não é uma especificidade francesa; do que vai pelas nossas terras nada cito, dado que, para ser justo e minimamente abrangente, o texto depois não caberia no espaço habitual de uma crónica.
Estes fenómenos democráticos combatem-se com exemplos, princípios e seriedade e, infelizmente, porta-vozes credenciados para a função são coisa muita rara. E quando os desiludidos do sistema se desiludirem de novo com estas supostas alternativas, o que se seguirá será mais grave do que uma simples desilusão.
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