18 janeiro 2025

Quanto vale, quanto custa?


O país comentarista chocou-se com a possibilidade de ser nomeado para secretário-geral do Governo, uma função supostamente muito importante, potencialmente geradora de enormes poupanças e ganhos de eficiência, alguém que iria manter o seu salário atual de mais 15 mil euros.

A polémica apareceu e as contestações proliferaram como cogumelos, até por representar uma remuneração superior à do primeiro-ministro, e essa opção abortou.

Não sei se esse valor é o “correto” em termos de mercado de trabalho para o posto em causa, mas chocam-me duas coisas. A primeira é o valor muito baixo que é pago aos mais altos responsáveis do país. Está certo que não estarão motivados exclusiva ou principalmente pela remuneração direta, mas se queremos “profissionais” de primeira-água, não é com estes valores que eles virão. A segunda, e que terá chocado muito menos gente, é essa pessoa estar atualmente a auferir desse vencimento, supostamente “escandaloso”, no Banco de Portugal, sem se saber muito bem o que por lá faz.

Ou seja, é inaceitável uma remuneração assim para uma função crucial no Governo do país e altamente exigente, mas isso ser pago no BdP para funções de “consultoria”, menos mal…?

2 comentários:

jorge neves disse...

Porque será que a nossa classe politica é tão fraquinha ? Porque será que a corrupção é tão generalizada? Obviamente, porque se forem honestos, ganham tão mal que não conseguem ter uma vida condizente com a posição social.

Carlos Sampaio disse...

Pois... a corrupção será outro campeonato, mas dificilmente alguém troca uma carreira "a sério" e competente por uma função pública e... daí os esquemas e as tristezas.