O país comentarista chocou-se com a possibilidade de ser nomeado para secretário-geral do Governo, uma função supostamente muito importante, potencialmente geradora de enormes poupanças e ganhos de eficiência, alguém que iria manter o seu salário atual de mais 15 mil euros.
A polémica apareceu e as contestações proliferaram como cogumelos,
até por representar uma remuneração superior à do primeiro-ministro, e essa
opção abortou.
Não sei se esse valor é o “correto” em termos de mercado de
trabalho para o posto em causa, mas chocam-me duas coisas. A primeira é o valor
muito baixo que é pago aos mais altos responsáveis do país. Está certo que não
estarão motivados exclusiva ou principalmente pela remuneração direta, mas se
queremos “profissionais” de primeira-água, não é com estes valores que eles
virão. A segunda, e que terá chocado muito menos gente, é essa pessoa estar atualmente
a auferir desse vencimento, supostamente “escandaloso”, no Banco de Portugal,
sem se saber muito bem o que por lá faz.
Ou seja, é inaceitável uma remuneração assim para uma função
crucial no Governo do país e altamente exigente, mas isso ser pago no BdP para
funções de “consultoria”, menos mal…?
2 comentários:
Porque será que a nossa classe politica é tão fraquinha ? Porque será que a corrupção é tão generalizada? Obviamente, porque se forem honestos, ganham tão mal que não conseguem ter uma vida condizente com a posição social.
Pois... a corrupção será outro campeonato, mas dificilmente alguém troca uma carreira "a sério" e competente por uma função pública e... daí os esquemas e as tristezas.
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