A atualidade nacional tem andado entretida estes dias com as malas do Chega e as mães do Bloco, desenvolvendo-se algum paralelismo. Se quisermos ir ao fundo e ao sério, o que está em causa, em termos políticos, é completamente diferente.
O deputado do Chega rouba malas no aeroporto por ele, para
ele. Não tem instruções do partido, nem este beneficia e até se desmarca
rapidamente. A culpa do Chega será não ter escrutinado a pessoa e ter elegido
um cleptómano.
No caso do Bloco, o cenário é muito diferente, porque está
em causa a direção do partido. É um assunto de foro institucional, onde a primeira
reação do partido é gritar por “cabala política” e apresentar queixa à ERC.
Para lá dos detalhes (i)legais da dispensa das funcionárias, há um pragmatismo,
frieza e desumanidade, daqueles que o BE acusa o grande capital, mas que não se
coibiu de fazer igual e de tentar esconder, atacando o mensageiro. Muito mau.
O Chega estará a sofrer as consequências de ter um grupo
parlamentar precipitadamente escolhido e díspar em muitas dimensões. O BE
descobriu que, na prática, o radicalismo combina mal com a necessidade de pagar
contas no fim do mês, mas que há capitalistas mais humanos, há…
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