06 julho 2024

Acho que… será que…?

O exercício de “achar que”, assim tipo palpite, sem conhecimento profundo do contexto é caminho perigoso… frequentemente a realidade não corresponde com o que a ignorância imagina… De forma que eu achar algo relativamente ao futebol é perigoso e será prudente passar para a forma interrogativa.

Será que tenho razão ao achar que uma grande parte dos jogos do Euro2024 têm sido chatos e enfadonhos?

Será que no passado havia/era dado mais espaço a jogadores virtuosos que fintavam em série e emocionavam o público?

Será que excessos de individualismo e desenvolvimento de táticas e estratégias, com prioridade com circulação ao primeiro toque mudaram o paradigma?

Terá sido principalmente a partir do Barcelona de Guardiola que passou a ser mais importante o jogar em equipa, dando mais relevo ao papel do treinador e conseguindo resultados razoáveis, mesmo para equipas sem vedetas?

Será que as táticas de defesa evoluíram e aquela coisa de fazer um carrocel à frente da área, esperando provocar uma desconcentração e uma falha no adversário já não funciona?

Será que sem iniciativas virtuosas, este esperar por uma falha que não aparece é o que torna os jogos enfadonhos, em que se prefere a segurança de trocar a bola sem avançar, a correr o risco de um contra-ataque?

Pois, não sei, mas a França chegar às meias-finais com 3 golos marcados, 2 de autogolo do adversário e um de penalti, sem um único golo marcado em jogo corrido deve ser algo inédito.

 

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