O exercício de “achar que”, assim tipo palpite, sem
conhecimento profundo do contexto é caminho perigoso… frequentemente a
realidade não corresponde com o que a ignorância imagina… De forma que eu achar
algo relativamente ao futebol é perigoso e será prudente passar para a forma
interrogativa.
Será que tenho razão ao achar que uma grande parte dos jogos
do Euro2024 têm sido chatos e enfadonhos?
Será que no passado havia/era dado mais espaço a jogadores
virtuosos que fintavam em série e emocionavam o público?
Será que excessos de individualismo e desenvolvimento de
táticas e estratégias, com prioridade com circulação ao primeiro toque mudaram
o paradigma?
Terá sido principalmente a partir do Barcelona de Guardiola
que passou a ser mais importante o jogar em equipa, dando mais relevo ao papel
do treinador e conseguindo resultados razoáveis, mesmo para equipas sem
vedetas?
Será que as táticas de defesa evoluíram e aquela coisa de
fazer um carrocel à frente da área, esperando provocar uma desconcentração e
uma falha no adversário já não funciona?
Será que sem iniciativas virtuosas, este esperar por uma
falha que não aparece é o que torna os jogos enfadonhos, em que se prefere a
segurança de trocar a bola sem avançar, a correr o risco de um contra-ataque?
Pois, não sei, mas a França chegar às meias-finais com 3
golos marcados, 2 de autogolo do adversário e um de penalti, sem um único golo
marcado em jogo corrido deve ser algo inédito.
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