Correste a dizer que o dia vinha às portas da saudade
E cobriste de mil flores as varandas da cidade
Ao cantar enrouqueceste mil canções feitas à toa
Dançaste todas as ruas embriagadas de Lisboa
Leste os clássicos do tempo como toda a novidade
E a sonhar adormeceste no prazer da liberdade
Inventando mil amigos
Esquecendo velhos perigos
Não foi ontem que Fausto nos deixou fisicamente, mas as suas
canções ficarão para sempre nas nossas memórias e nos nossos dias. Vi-o 3 ou 4
vezes em concertos, o último dos quais o “Três Cantos”, mas, mais do que ver,
há ouvir e continuaremos a ouvi-lo.
Bastam uns poucos primeiros compassos para identificar o
cantante autor em cada canção. Se “Por este rio acima” é a obra completa, não
faz esquecer a magia do “Despertar dos Alquimistas” ou a delicadeza do “Para além
das cordilheiras”.
Pela beleza das melodias,
pela doçura da voz, pelo brilho das orquestrações, pela riqueza das palavras,
Fausto ficará na nossa memória para todos os dias e no património cultural de
Portugal para sempre.
Vêm do fundo da paz da terra os sonhadores…
Sem comentários:
Enviar um comentário