A reversão da alteração do símbolo oficial do país deve ter sido indiscutivelmente saudada e aplaudida por uma larguíssima maioria dos portugueses. Insinuar ou afirmar que é uma cedência à extrema-direita, significando que afinal há uns bons milhões de portugueses potencias seguidores de autoritários putativos Mussolinis ou Pinochets é, de novo, não entender nada.
A versão anterior, um esticar da bandeira do Mali, foi
classificada como “inclusiva, plural e laica”. Vamos por partes. Ser inclusivo
passa por excluir todas as referencia históricas? Plural? Qual era o singular
do anterior? Laico, havia lá antes uma cruz? E se houvesse?
Por esta lógica, todos os países que incluem uma cruz explícita
nos seus símbolos, deveriam ter vergonha e rapidamente corrigirem tal erro.
Parece que alguns os produtos suíços da Swatch, Tissot e Victorinox à venda nas
“arábias” trocaram a infame cruz por outra coisa e que quando o Real Madrid ali
se procura promover, corta a cruzita que existe no topo do seu brasão. É este o
caminho?
Incluir não é apagar e se não devemos ser louros para não
irritar os morenos, se estes podem chocar os ruivos e .. por aí fora, ficamos com um vazio brutal de
identidade que, naturalmente desconforta muita gente. Explicar-lhes que isso é
equivalente a ser lamentavelmente xenófobo tem por efeito o pessoal deduzir que
se o lamentável não lhes parece, se calhar então são mesmo xenófobos… se é gente tão inteligente que o afirma !
Progresso é avançar num sentido de melhoria. Não é nem devia
ser apanágio exclusivo de uma fação ideológica.
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