O recente livro de Carlos Costa, “O Governador”, promete tornar-se um caso sério de polémica. Em primeiro lugar, estou muito curioso por conhecer os desenvolvimentos, averiguações e testemunhos, que o anunciado/ameaçado processo de António Costa poderá desencadear.
Depois, muitos dos que clamam por contenção e respeito pelas
instituições, não me parecem ser do grupo “não sabe, nem quer saber”, mas sim
do grupo que “sabe e não quer que os outros saibam”. Um pouco ao estilo das
famílias que guardam cuidadosamente no seu interior os episódios menos edificantes,
evitando que cheguem à rua.
A diferença, neste caso, é que os outros, que supostamente
não precisariam de saber, não são consumidores de revistas cor-de-rosa. São
cidadãos de pleno direito e o “grupo” cioso de discrição não é uma família, nem
uma “famiglia”. É a elite que nos governa e que nos deve contas pelo que fazem
com a procuração que lhes passamos para governar.
Venham mais livros, sérios, com um mínimo de rigor e
objetividade. Queremos conhecer a fundo o detalhe do que por cá se passa e o
carater daqueles em que precisamos de confiar.
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