Ainda não sabemos ao certo todas as consequências da famosa final da “Champions” no Porto em termos diretos Covid e de imagem do país. Obviamente que se o objetivo era mesmo que os adeptos viessem em bolha, alguma proatividade teria sido necessária e não simplesmente esperar que eles se encapsulassem todos voluntariamente.
Para lá desta questão do âmbito da má gestão sanitária, vamos
supor que era para ser e teria sido mesmo assim. 14000 espetadores,
principalmente adeptos ingleses, em bolha, vindos para ver o jogo e a regressarem
a casa no próprio dia. Nestes tempos em que, por razão ou religião, o ambiente
é um tema quente, se mede a pegada de carbono de tudo e mais alguma coisa,
quando até um tribunal nos Países Baixos condena a Shell a reduzir as suas
emissões, qual o sentido de termos uns 100 aviões a virem da Inglaterra a
Portugal para os passageiros simplesmente assistirem a uma partida de futebol e
nada mais?
Obviamente que é um disparate completo. Quantos daqueles
adeptos até defenderão a utilização de veículos elétricos, supostamente para
proteção do ambiente, independentemente da origem da energia que lhes carrega
as baterias? Um tema desta relevância deveria ser mais bom-senso, razão e
coerência e menos radicalismo, religião e oportunismo.
Adicional em 13/06/2021 com a versão impressa (parcial).
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