Este texto não de destina ao destina ao Sistema Nacional de
Saúde em si, nem aos seus profissionais, independentemente do que funciona bem
ou mal por lá.
Este texto endereça-se à visão que alguns políticos, e não
só, têm do mesmo e da saúde dos portugueses: A saúde não deve ser um negócio, sendo
inaceitável permitir a entidades privadas lucrar com a saúde.
Bem… mas se for necessário um exame complexo, uma
ressonância magnética por exemplo, no hospital público de Braga esperam-se
meses, na Clipóvoa privada poderá ser para o próprio dia.
Se existe um equipamento operacional e disponível, não faz
sentido montar um protocolo, bem negociado, que o permita utilizar a partir do
SNS, para quem necessita? É pecado contratualizar serviços a privados? Mas, uma
fatia importante do custo associado, equipamento e infraestrutura, não terá,
porventura, a mesma origem, privada, eventualmente comum a ambos. E quanto do
orçamento do sistema de saúde público não remunera fornecedores privados?
Limitar o acesso à saúde dos portugueses por um preconceito
ideológico mal fundamentado e, ao mesmo tempo, encher a boca com os méritos de
um SNS público é incoerente. Não quero aproveitar para especular sobre o
eventual interesse tático da situação atual, em que o cidadão lambda, não
atendido no SNS, cai na necessidade da rede privada, aliviando a carga e os
custos no sistema público.
Mas, podemos estar descansados, porque “tudo” está a ser
feito para nada falhar na próxima vacinação Covid. Podemos estar descansados
quanto à capacidade de antecipação e de preparação para algo tão novo, como
para a resposta ao banal… Considerando o que falha na vacinação contra a
simples gripe…
2 comentários:
Há muito que o SNS encomenda a privados.Radiografias,ecografias,tacs,análises clinicas, que os médicos de família receitam, são normalmente feitos em privados.Mesmo cirurgias que estão muito demoradas,têm sido passadas a hospitais privados.Conheço vários casos recentes.Acho que neste momento,por causa da pandemia, há muito ruído na área da saúde,sobram sabichões e falta quem fale "curto e grosso".Como se diz na rua "Andam todos a apanhar bonés", a começar por cima.
Sim, existem, mas não tanto quanto poderia ser e a contragosto desta corrente ideológica, que tanto quanto me parece, abrange mesmo a atual ministra, isto tudo numa altura em que mais do que nunca todos os meios disponiveis são poucos...
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