O ambiente está a passar de causa para religião e, como naquelas religiões onde muitos bons fiéis fazem trinta por uma linha durante a semana e depois se vão purificar na reza semanal, aqui também começamos a ver coisas parecidas.
Que dizer dos ativistas portugueses que se deslocam a Madrid para participar numa manifestação em defesa do ambiente? Que dizer do ator espanhol Javier Bardem que insulta o presidente da camara de Madrid por insensibilidade ambiental, quando ele próprio utiliza uma carripana (ver imagem) equipada com um motor de 5,4 litros e a gastar 17 litros aos 100? Tudo muito coerente, sem dúvida.
Agora descobriu-se que o transporte marítimo gera muito CO2. Sim e o terrestre e o aéreo também. Sim, há e haverá comércio mundial e deslocação de trabalho e de lazer… e de ativistas do ambiente, nem todos em sofisticados veleiros só ao alcance dos muito ricos. Sim, mas, como eu refletia aqui em 2006, fará sentido enviar maçãs da américa latina para a Europa por avião? Faz sentido que na minha zona de residência, fértil, não se encontre no supermercado local cebolas locais, nem sequer nacionais? Não, não faz, eu não compro e até já apresentei reclamação.
Há coisas que fazem sentido, outras não e estou certo de que não é de certeza com este nomadismo ativista e a participação em comícios excitados que a coisa lá vai. Temos muitos hábitos e comodidades que nos custará a abandonar, é certo, mas tem que ser por aí. Pela prática no dia a dia, de forma esclarecida e coerente, não por uma eventual boa consciência de ter ido a uma manif no domingo, mas pela frugalidade quotidiana.
Que dizer dos ativistas portugueses que se deslocam a Madrid para participar numa manifestação em defesa do ambiente? Que dizer do ator espanhol Javier Bardem que insulta o presidente da camara de Madrid por insensibilidade ambiental, quando ele próprio utiliza uma carripana (ver imagem) equipada com um motor de 5,4 litros e a gastar 17 litros aos 100? Tudo muito coerente, sem dúvida.
Agora descobriu-se que o transporte marítimo gera muito CO2. Sim e o terrestre e o aéreo também. Sim, há e haverá comércio mundial e deslocação de trabalho e de lazer… e de ativistas do ambiente, nem todos em sofisticados veleiros só ao alcance dos muito ricos. Sim, mas, como eu refletia aqui em 2006, fará sentido enviar maçãs da américa latina para a Europa por avião? Faz sentido que na minha zona de residência, fértil, não se encontre no supermercado local cebolas locais, nem sequer nacionais? Não, não faz, eu não compro e até já apresentei reclamação.
Há coisas que fazem sentido, outras não e estou certo de que não é de certeza com este nomadismo ativista e a participação em comícios excitados que a coisa lá vai. Temos muitos hábitos e comodidades que nos custará a abandonar, é certo, mas tem que ser por aí. Pela prática no dia a dia, de forma esclarecida e coerente, não por uma eventual boa consciência de ter ido a uma manif no domingo, mas pela frugalidade quotidiana.
Sem comentários:
Enviar um comentário