Por muitos intervenientes que existam num conflito, o habitual é, mais tarde ou mais cedo, agruparem-se em dois blocos, que se defrontam até um deles vencer. Muitas vezes os alinhamentos são apenas de conveniência, podendo-se desfazer rapidamente logo a seguir ao fim da guerra e surgir uma nova confrontação entre antigos aliados. EUA e URSS durante e depois da II Guerra são um bom exemplo.
No caso da Síria, isso não está a acontecer, mesmo depois de 7 anos de guerra. É certo existirem duas linhas principais, motoras do conflito, que são o eixo vertical sunita, do Golfo à Turquia, contra o eixo horizontal xiita, do Irão ao Mediterrâneo. No entanto, o conjunto de intervenientes é tão diversificado que não se conseguem arrumar em dois blocos – ver exercício de identificar o (des)alinhamento atual na imagem acima. Por outro lado, uma vitória clara de uma potência regional, Golfo/Turquia ou Irão, seria dificilmente aceite pela outra parte.
Numa zona sensível como esta, os “big boys” nunca ficarão alheados, num jogo onde obviamente não há inocentes. Se numa primeira fase “toda a gente” era contra o Estado Islâmico, esse alinhamento inicial nunca passou por uma intervenção global e assumida no terreno. Provavelmente pela memória das desventuras iraquianas, das quais a situação atual acaba também por ser consequência, os EUA em especial mantiveram-se sempre a alguma distância. Esse vazio foi aproveitado pela Rússia, cuja intervenção musculada foi fundamental para o progresso do “regime”, enquanto a Turquia aproveita para ajustar contas com os curdos.
A ação desencadeada pelos EUA e aliados em 14/4 é uma bofetada contra um excesso do regime e um sinal amarelo à Rússia e ao Irão. Foi um aviso, pontual, não o início de uma operação de grande escala, visando derrubar o regime. Estando Trump muito mais próximo dos sunitas do que Obama, não é previsível que Macron alinhe em “cantigas” como o Sarkosy fez na Líbia, motivado pelo Qatar.
E, se não parece fácil vermos claros vencedores, irá esta guerra tornar-se crónica?
No caso da Síria, isso não está a acontecer, mesmo depois de 7 anos de guerra. É certo existirem duas linhas principais, motoras do conflito, que são o eixo vertical sunita, do Golfo à Turquia, contra o eixo horizontal xiita, do Irão ao Mediterrâneo. No entanto, o conjunto de intervenientes é tão diversificado que não se conseguem arrumar em dois blocos – ver exercício de identificar o (des)alinhamento atual na imagem acima. Por outro lado, uma vitória clara de uma potência regional, Golfo/Turquia ou Irão, seria dificilmente aceite pela outra parte.
Numa zona sensível como esta, os “big boys” nunca ficarão alheados, num jogo onde obviamente não há inocentes. Se numa primeira fase “toda a gente” era contra o Estado Islâmico, esse alinhamento inicial nunca passou por uma intervenção global e assumida no terreno. Provavelmente pela memória das desventuras iraquianas, das quais a situação atual acaba também por ser consequência, os EUA em especial mantiveram-se sempre a alguma distância. Esse vazio foi aproveitado pela Rússia, cuja intervenção musculada foi fundamental para o progresso do “regime”, enquanto a Turquia aproveita para ajustar contas com os curdos.
A ação desencadeada pelos EUA e aliados em 14/4 é uma bofetada contra um excesso do regime e um sinal amarelo à Rússia e ao Irão. Foi um aviso, pontual, não o início de uma operação de grande escala, visando derrubar o regime. Estando Trump muito mais próximo dos sunitas do que Obama, não é previsível que Macron alinhe em “cantigas” como o Sarkosy fez na Líbia, motivado pelo Qatar.
E, se não parece fácil vermos claros vencedores, irá esta guerra tornar-se crónica?
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