Se o leitor acredita que a indústria de celulose é algo de pestilento e criminoso, provavelmente viverá num país de centrais nucleares fumegantes e é melhor ficar por aqui. A indústria de celulose na Europa é liderada tecnológica e normativamente pelos países nórdicos, especialmente a Finlândia e a Suécia, e aí efetivamente não existem centrais nucleares fumegantes. Bom, não é bem assim, a Alemanha e Áustria têm também uma importância relevante, até existem fábricas inseridas em meio urbanizado, mas, enfim, tudo isso são países que dão pouco importância às questões ambientais.
As normas quanto aos impactos ambientais da indústria são definidas, e cumpridas, a nível europeu, com força de lei, segundo as melhores práticas do sector. Em certas circunstâncias podem ser mais restritivas, mas, no mínimo, com algum planeamento razoável. O Estado dizer a uma indústria, o teu limite é “x” e, dois anos mais tarde, depois de a empresa investir fortemente para o cumprir, dizer: Desculpa, enganei-me… paciência… Não é o ideal.
Estou a chegar efetivamente ao Tejo que tem um problema de caudal e de qualidade da água. É importante diagnosticar, a começar por qual a parte importada de Espanha, onde frequentemente há notícias idênticas, especialmente depois de ele receber os efluentes de Madrid. O convénio acordado está a ser cumprido? O que está acordado defende suficientemente os nossos interesses? Qual a influência das cinzas dos incêndios, das várias indústrias e das Etars de efluente doméstico? Para um habitante do país das centrais nucleares fumegantes, isso não interessa, porque a culpa só pode ser das celuloses.
Não sei quantas empresas irão fechar neste processo, mas duma coisa estou certo: dificilmente alguém fará um investimento a sério no vale do Tejo, num cenário de tanta instabilidade normativa. Para os habitantes desse tal país, não faz mal nenhum. As chaminés até estragam a paisagem, quando por lá se passeia. Só que o interior do país não deveria servir apenas para passear ao fim de semana. Devia ter residentes e, para isso, convém haver emprego e, gostem ou não de chaminés, é a indústria que proporciona emprego em quantidade e qualidade. Nos outros países acima referidos, não faltam chaminés, mas esses são uns tristes.
Esta citação recorrente vem de uma intervenção de um expert na televisão, em horário nobre, declarando que ao passar próximo de uma celulose “pelo fumo até parecia uma central nuclear!”. Dois em um, duas asneiras grossas na mesma curta frase. O que ele vê não é fumo, é vapor de água, e as centrais nucleares nem chaminés têm. Estes detalhes e imprecisões são irrelevantes para os habitantes dos países das centrais nucleares fumegantes. A culpa será de quem eles querem que seja e é malhar a eito
As normas quanto aos impactos ambientais da indústria são definidas, e cumpridas, a nível europeu, com força de lei, segundo as melhores práticas do sector. Em certas circunstâncias podem ser mais restritivas, mas, no mínimo, com algum planeamento razoável. O Estado dizer a uma indústria, o teu limite é “x” e, dois anos mais tarde, depois de a empresa investir fortemente para o cumprir, dizer: Desculpa, enganei-me… paciência… Não é o ideal.
Estou a chegar efetivamente ao Tejo que tem um problema de caudal e de qualidade da água. É importante diagnosticar, a começar por qual a parte importada de Espanha, onde frequentemente há notícias idênticas, especialmente depois de ele receber os efluentes de Madrid. O convénio acordado está a ser cumprido? O que está acordado defende suficientemente os nossos interesses? Qual a influência das cinzas dos incêndios, das várias indústrias e das Etars de efluente doméstico? Para um habitante do país das centrais nucleares fumegantes, isso não interessa, porque a culpa só pode ser das celuloses.
Não sei quantas empresas irão fechar neste processo, mas duma coisa estou certo: dificilmente alguém fará um investimento a sério no vale do Tejo, num cenário de tanta instabilidade normativa. Para os habitantes desse tal país, não faz mal nenhum. As chaminés até estragam a paisagem, quando por lá se passeia. Só que o interior do país não deveria servir apenas para passear ao fim de semana. Devia ter residentes e, para isso, convém haver emprego e, gostem ou não de chaminés, é a indústria que proporciona emprego em quantidade e qualidade. Nos outros países acima referidos, não faltam chaminés, mas esses são uns tristes.
Esta citação recorrente vem de uma intervenção de um expert na televisão, em horário nobre, declarando que ao passar próximo de uma celulose “pelo fumo até parecia uma central nuclear!”. Dois em um, duas asneiras grossas na mesma curta frase. O que ele vê não é fumo, é vapor de água, e as centrais nucleares nem chaminés têm. Estes detalhes e imprecisões são irrelevantes para os habitantes dos países das centrais nucleares fumegantes. A culpa será de quem eles querem que seja e é malhar a eito
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