Acho muito curiosas algumas notícias com títulos que são meras declaração de intenções, do tipo: “O ministro quer…” Sim, é importante o que eles querem, querer é um pouco poder, mas a omnipotência não está ao alcance de um comum mortal, mesmo sendo ministro.
Uma dessas notícias giras que vi recentemente era a de o governo querer apostar em cabras sapadoras, para prevenir os fogos florestais. A partir daqui, vou especular, mas a culpa não é minha, já que não encontrei em lado nenhum os detalhes necessários e relevantes.
Imaginando que tenho um hectare de terreno, grosso modo um campo de futebol, talvez 2 ou 3 cabras façam a monda necessária. Só que uma coisa é esta escala, outra coisa é coisa que se veja, com algum impacto no problema em causa.
Em média têm ardido em Portugal 100 mil hectares por ano e foram bastante mais em 2017. Como nunca se sabe bem onde vai ser o fogo, a área a necessitar de proteção será certamente superior a essa. Para simplificar, pensemos nesta ordem de grandeza, para não colocar excessivas responsabilidades nos pobres animais. Assim, dentro do rácio especulativo acima, necessitaríamos de lançar na natureza umas 200 a 300 mil cabras!
Imaginando que até se arranjam os animais, mas considerando que as zonas a proteger não são vedadas e que não vão ficar amarradas, coitadas… que garantias há de efetivamente permanecerem bem distribuídas, ainda por cima um animal com bastante espírito de iniciativa e excelente mobilidade? Não preferirão saborear outras culturas mais tenrinhas e apetitosas? Não se deslocarão para zonas urbanas, com todas a perturbações fáceis de imaginar? Como se iria controlar a sua população? Como se realizaria um controlo sanitário mínimo dos animais? Qual o impacto nos ecossistemas desta sobrecarga caprina? Não iriamos ter a algum prazo algures uma praga?
Obviamente que tudo isto são detalhes que não cabem no título daquilo que “o governo quer”. Para poder não basta querer, é também necessário pensar.
Uma dessas notícias giras que vi recentemente era a de o governo querer apostar em cabras sapadoras, para prevenir os fogos florestais. A partir daqui, vou especular, mas a culpa não é minha, já que não encontrei em lado nenhum os detalhes necessários e relevantes.
Imaginando que tenho um hectare de terreno, grosso modo um campo de futebol, talvez 2 ou 3 cabras façam a monda necessária. Só que uma coisa é esta escala, outra coisa é coisa que se veja, com algum impacto no problema em causa.
Em média têm ardido em Portugal 100 mil hectares por ano e foram bastante mais em 2017. Como nunca se sabe bem onde vai ser o fogo, a área a necessitar de proteção será certamente superior a essa. Para simplificar, pensemos nesta ordem de grandeza, para não colocar excessivas responsabilidades nos pobres animais. Assim, dentro do rácio especulativo acima, necessitaríamos de lançar na natureza umas 200 a 300 mil cabras!
Imaginando que até se arranjam os animais, mas considerando que as zonas a proteger não são vedadas e que não vão ficar amarradas, coitadas… que garantias há de efetivamente permanecerem bem distribuídas, ainda por cima um animal com bastante espírito de iniciativa e excelente mobilidade? Não preferirão saborear outras culturas mais tenrinhas e apetitosas? Não se deslocarão para zonas urbanas, com todas a perturbações fáceis de imaginar? Como se iria controlar a sua população? Como se realizaria um controlo sanitário mínimo dos animais? Qual o impacto nos ecossistemas desta sobrecarga caprina? Não iriamos ter a algum prazo algures uma praga?
Obviamente que tudo isto são detalhes que não cabem no título daquilo que “o governo quer”. Para poder não basta querer, é também necessário pensar.
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