Nada tenho contra a mudança como conceito em geral, terei uma opinião positiva e negativa quanto a cada mudança em particular e irritam-me as tendências generalizadas de mudança acéfalas e acríticas.
Dentro das mudanças significativas recentes, uma que deixará certamente um antes e depois é a denúncia das situações de assédio sexual. Já abordei o tema antes e o meu aplauso a tudo o que seja limitar e castigar estes abusos. No entanto… no entanto… daí a declarar o Príncipe da Bela Adormecida um predador sexual, como li recentemente, vai uma distância e a ultrapassagem de uma fronteira entre a sensatez e a estupidez.
Por um lado, está-se a ignorar o contexto da fantasia onde as intenções e expetativas estão bem definidas e conhecidas, de ambos os lados. Por outro lado, tentando transpor a situação para uma realidade, que, insisto, não é o caso deste e de outros contos fantásticos (no sentido simples da palavra) e quem os lê sabe bem disso, chamar crime a acordar alguém com um beijo terno… será coisa de quem não sabe nem imagina o que isso é.
O Jorge Palma que se prepare, porque aquele reparo a quem “nunca roubou um beijo” está mesmo a pedi-las. Já deve faltar pouco para ser necessário um termo de aceitação escrito, assinado e reconhecido em notário antes de poder abraçar alguém. Melhor assim do que ao contrário? Sim, mas muito pobres serão aqueles para quem as alternativas se resumem a estes dois tristes cenários extremos.
Acho que qualquer criancinha saberá distinguir o Príncipe em causa de um predador e quem por aí isso teoriza devia receber umas lições de maturidade, nem que seja de uma criança. Invocando a igualdade de direitos e princípios, aproveito para declarar, mesmo sem passar em notário, que se uma princesa me acordar um dia com um beijo, não levarei o assunto a tribunal.
Dentro das mudanças significativas recentes, uma que deixará certamente um antes e depois é a denúncia das situações de assédio sexual. Já abordei o tema antes e o meu aplauso a tudo o que seja limitar e castigar estes abusos. No entanto… no entanto… daí a declarar o Príncipe da Bela Adormecida um predador sexual, como li recentemente, vai uma distância e a ultrapassagem de uma fronteira entre a sensatez e a estupidez.
Por um lado, está-se a ignorar o contexto da fantasia onde as intenções e expetativas estão bem definidas e conhecidas, de ambos os lados. Por outro lado, tentando transpor a situação para uma realidade, que, insisto, não é o caso deste e de outros contos fantásticos (no sentido simples da palavra) e quem os lê sabe bem disso, chamar crime a acordar alguém com um beijo terno… será coisa de quem não sabe nem imagina o que isso é.
O Jorge Palma que se prepare, porque aquele reparo a quem “nunca roubou um beijo” está mesmo a pedi-las. Já deve faltar pouco para ser necessário um termo de aceitação escrito, assinado e reconhecido em notário antes de poder abraçar alguém. Melhor assim do que ao contrário? Sim, mas muito pobres serão aqueles para quem as alternativas se resumem a estes dois tristes cenários extremos.
Acho que qualquer criancinha saberá distinguir o Príncipe em causa de um predador e quem por aí isso teoriza devia receber umas lições de maturidade, nem que seja de uma criança. Invocando a igualdade de direitos e princípios, aproveito para declarar, mesmo sem passar em notário, que se uma princesa me acordar um dia com um beijo, não levarei o assunto a tribunal.
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