04 junho 2017

Outra vez, outra vez


Nota de abertura: este texto é capaz de ser aceite e concordado por alguns amigos meus muçulmanos e contestado por alguns conterrâneos, que imaginam as coisas de outra forma, mas a realidade nem sempre coincide com o que a ignorância supõe.

Outra vez e em Londres. E a culpa não é da polícia por não ter controlado todos os potenciais radicalizáveis. E a culpa também não é da chamada civilização ocidental, nem pelas remotas cruzadas, nem pela mais recente guerra na Síria (ou no Iraque). Se quisermos procurar uma génese, podemos começar com a frustração pela derrota e queda do Império Otomano há um século e acabar com a frustração por as independências não terem cumprido minimamente as expectativas criadas, coisas sobre as quais a nossa responsabilidade é algo limitada. Lamento, mas não vou pedir desculpa por os Otomanos não terem conquistado Viena e o resto da Europa

E não venham dizer que isto não tem nada a ver com o Islão. Isto é aplicação literal da fase de Medina de Maomé.

“Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat, abri-lhes o caminho. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (Corão 8:5).

"E matai-os, onde quer que os acheis, e fazei-os sair de onde quer que vos façam sair. E a sedição pela idoltatria é pior do que o morticinio" (Corão 1:191)

Há um Islão que é assim e os líderes do “outro” Islão podem fazer o favor de clarificar e sair a público e condenar claramente os pregadores do ódio?

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