Apesar de o Euro ter sido concebido com regras apenas para os dias de Sol, tem manifestado uma capacidade de resistência formidável nestes dias de tormenta. Com tanta trapalhada e diz/desdiz, faz/desfaz dos líderes europeus, é impressionante como a sua cotação permanece em alta. Apenas estão mal os níveis dos juros que se cobram aos elos mais fracos de cada momento. A resposta da Europa tem sido não pelo “princípio”, mas sim pela natureza, dimensão e capacidade reivindicativa daquele que em cada momento está nesse papel de elo mais fraco.
Quando no dia 9 de Junho Rajoy anunciou uma “muita vantajosa linha de crédito” para os seus bancos problemáticos, frisando que não era um resgate e evidenciando uma diferença de tratamento inaceitável para o problema tão idêntico ao da Irlanda, eu pensei que a Europa estava mesmo a acabar. Depois os Eurocratas vieram dizer que não senhor, que a garantia do empréstimo passava pelo Estado Espanhol, ficando célebre a ironia do: “Tu (Rajoy) dizes tomate, eu digo resgate”. Com o resultado futuro dessa operação, apenas anunciada, a colocar o défice público espanhol em níveis pouco saudáveis, os mercados carregaram e os juros da dívida pública de Madrid subiram para valores insustentáveis. Aí os Eurocratas inventaram que afinal poderia sim, ser uma ajuda directa à banca espanhola, sem penalizar as contas públicas do país. No mínimo estranho: por alma de quem, quem põe o dinheiro lá, de que forma e com que garantias? Mais uma coisa “dita e inventada” na última hora de uma cimeira sem se saber como se implementa. De realçar que sendo o objectivo tapar buraco existente, um estrago já feito, estes fundos não irão facilmente gerar valor para o respectivo reembolso. Como resultado, os “mercados” não acalmaram e os juros continuam lá em cima… e agora, que se inventará mais?
Diz-se que a génese do problema da banca espanhola está no rebentar da bolha de especulação imobiliária, daí o paralelo com a Irlanda. Mas não é bem assim. Os bancos espanhóis geridos seriamente como o Santander e o BBVA não estão a arder. O buraco principal está nas “caixas” que “geridas” politicamente à toa com negócios, negociatas, por amigos e afilhados torraram milhões e milhões. Ou seja, é um cenário algo próximo do nosso famigerado BPN, que o povo português está e continuará a pagar estoicamente. Não seria óptimo que o buraco do BPN fosse tapado directamente por fundos europeus de forma indolor para o Estado e o contribuinte português? Entretanto o povo espanhol tem mostrado nos últimos dias que não aceita passar a ser mais pobre. Têm todo o direito de protestar e pelos vistos têm uma capacidade reivindicativa fantástica, mas eu não pago o orgulho deles e se calhar os alemães também não. Com tomate ou com resgate estes espanhóis estão a fazer mais mal à Europa do que os gregos!
Quando no dia 9 de Junho Rajoy anunciou uma “muita vantajosa linha de crédito” para os seus bancos problemáticos, frisando que não era um resgate e evidenciando uma diferença de tratamento inaceitável para o problema tão idêntico ao da Irlanda, eu pensei que a Europa estava mesmo a acabar. Depois os Eurocratas vieram dizer que não senhor, que a garantia do empréstimo passava pelo Estado Espanhol, ficando célebre a ironia do: “Tu (Rajoy) dizes tomate, eu digo resgate”. Com o resultado futuro dessa operação, apenas anunciada, a colocar o défice público espanhol em níveis pouco saudáveis, os mercados carregaram e os juros da dívida pública de Madrid subiram para valores insustentáveis. Aí os Eurocratas inventaram que afinal poderia sim, ser uma ajuda directa à banca espanhola, sem penalizar as contas públicas do país. No mínimo estranho: por alma de quem, quem põe o dinheiro lá, de que forma e com que garantias? Mais uma coisa “dita e inventada” na última hora de uma cimeira sem se saber como se implementa. De realçar que sendo o objectivo tapar buraco existente, um estrago já feito, estes fundos não irão facilmente gerar valor para o respectivo reembolso. Como resultado, os “mercados” não acalmaram e os juros continuam lá em cima… e agora, que se inventará mais?
Diz-se que a génese do problema da banca espanhola está no rebentar da bolha de especulação imobiliária, daí o paralelo com a Irlanda. Mas não é bem assim. Os bancos espanhóis geridos seriamente como o Santander e o BBVA não estão a arder. O buraco principal está nas “caixas” que “geridas” politicamente à toa com negócios, negociatas, por amigos e afilhados torraram milhões e milhões. Ou seja, é um cenário algo próximo do nosso famigerado BPN, que o povo português está e continuará a pagar estoicamente. Não seria óptimo que o buraco do BPN fosse tapado directamente por fundos europeus de forma indolor para o Estado e o contribuinte português? Entretanto o povo espanhol tem mostrado nos últimos dias que não aceita passar a ser mais pobre. Têm todo o direito de protestar e pelos vistos têm uma capacidade reivindicativa fantástica, mas eu não pago o orgulho deles e se calhar os alemães também não. Com tomate ou com resgate estes espanhóis estão a fazer mais mal à Europa do que os gregos!
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