Uma prece: já nem lhes peço que sejam sérios e exemplares, peço apenas que quando forem apanhados tenham a hombridade de sair de cena com o máximo de dignidade possível para eles e para o país.
É sabido que estava a chegar ao poder uma nova geração de políticos nascidos nas juventudes partidárias e que nunca trabalhara a sério na vida. Agora ficamos a saber que alguns deles, além de nunca terem suado a trabalhar, também nunca suaram a estudar.
Formalmente o problema da estranha licenciatura de Miguel Relevas pode ser imputado a excessiva generosidade ou desorganização da Lusófona, mas isso não deve fazer esfregar as mãos de contentamento com um “a culpa não é minha, eu só aproveitei” a quem tem responsabilidade públicas e exigências de comportamento moral do nível de um ministro. Por muito menos eu enfiava-me num buraco com vergonha de aparecer em público.
Na altura do outro caso, das ameaças à jornalista do Público, no mínimo inaceitáveis, ouvi falar do grande peso político do senhor no governo e esse peso só pode vir da sua capacidade de controlo do partido, que, sendo a actual chave do poder nesta espécie de democracia, devia chamar-se outra coisa que não política. E é que no governo precisamos mesmo de “política” a sério.
Há cerca de um ano, o ministro alemão da Defesa demitiu-se por se ter descoberto que tinha plagiado a sua tese de doutoramento. E se olhássemos para estes exemplos que talvez ajudem a explicar porque eles são ricos e nós não, em vez andarmos de mão estendida, maldizendo e estigmatizando quem tem mais sucesso? E se quando o nosso Primeiro-Ministro for pedir a Angela Merkel mais fundos ou mais tempo ela tiver à sua frente uma notícia sobre este assunto e lhe perguntar: “E o senhor tem a certeza de que estes fundos são aplicados por gente séria e competente?”, o que é que ele responderá? Que é um “não assunto”?
É sabido que estava a chegar ao poder uma nova geração de políticos nascidos nas juventudes partidárias e que nunca trabalhara a sério na vida. Agora ficamos a saber que alguns deles, além de nunca terem suado a trabalhar, também nunca suaram a estudar.
Formalmente o problema da estranha licenciatura de Miguel Relevas pode ser imputado a excessiva generosidade ou desorganização da Lusófona, mas isso não deve fazer esfregar as mãos de contentamento com um “a culpa não é minha, eu só aproveitei” a quem tem responsabilidade públicas e exigências de comportamento moral do nível de um ministro. Por muito menos eu enfiava-me num buraco com vergonha de aparecer em público.
Na altura do outro caso, das ameaças à jornalista do Público, no mínimo inaceitáveis, ouvi falar do grande peso político do senhor no governo e esse peso só pode vir da sua capacidade de controlo do partido, que, sendo a actual chave do poder nesta espécie de democracia, devia chamar-se outra coisa que não política. E é que no governo precisamos mesmo de “política” a sério.
Há cerca de um ano, o ministro alemão da Defesa demitiu-se por se ter descoberto que tinha plagiado a sua tese de doutoramento. E se olhássemos para estes exemplos que talvez ajudem a explicar porque eles são ricos e nós não, em vez andarmos de mão estendida, maldizendo e estigmatizando quem tem mais sucesso? E se quando o nosso Primeiro-Ministro for pedir a Angela Merkel mais fundos ou mais tempo ela tiver à sua frente uma notícia sobre este assunto e lhe perguntar: “E o senhor tem a certeza de que estes fundos são aplicados por gente séria e competente?”, o que é que ele responderá? Que é um “não assunto”?
2 comentários:
Acabo de ler no Público.
Não posso estar mais de acordo.
Um abraço.
Pois é... mas confesso que quando vi a citação do senhor de que "norteio a minha vida pela busca do conhecimento permanente", fiquei a pensar que é um sério candidato a um Prémio Nobel... o da desfaçatez (não existe mas para ele tudo se arranja).
Abraço
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