Poderia começar por recordar tempos antigos em que, em viagem, se parava de vez em quando para ligar de uma cabina pública para a base ou em que à chegada ao hotel se perguntava se havia algum fax para nós. Não vale a pena ir lá longe e fazer comparações. Em causa está apenas uma constatação de como se “vive e trabalha” nestes tempos do on-line permanente.
Ver alguém entrar numa área de serviço de auto-estrada, caminhando com um ipad na mão a ler e a responder emails levanta uma reflexão. É fantástico que dessa forma não se perca a “pitada” do que está a acontecer e se possa reagir rapidamente sem um ponta de atraso, mas… que acontece nas vezes em que é conveniente e necessário haver “atraso”? Quando se vive num verdadeiro dilúvio de emails, consegue-se parar e criar distância para reflectir, analisar e decidir aquilo que necessita de concentração e tempo de maturação? Infelizmente penso que não. Estamos a caminhar para uma situação de ficarmos viciados em pingue-pongue de emails, quase nervosos e ansiosos se não tivermos uma mensagem a chegar “naquele” ritmo. Se nos retirarem a internet/email durante um dia inteiro, o nervosismo e o “desespero” serão apenas por estarmos a perder informação e capacidade de trabalho ou estaremos antes a fazer figura de fumador compulsivo em voo transatlântico?
Por muito úteis e fantásticas que sejam todas as invenções têm um lado negativo/risco conforme a sua utilização e esta facilidade de comunicação permanente não foge à regra. Solução: regras? Criar cotas para quantidade de mensagens produzidas por dia, da mesma forma como um fumador tenta gerir a duração do seu maço de tabaco? Parece ridículo mas que estamos a ficar formatados de uma forma que me incomoda disso não tenho dúvidas…
Ver alguém entrar numa área de serviço de auto-estrada, caminhando com um ipad na mão a ler e a responder emails levanta uma reflexão. É fantástico que dessa forma não se perca a “pitada” do que está a acontecer e se possa reagir rapidamente sem um ponta de atraso, mas… que acontece nas vezes em que é conveniente e necessário haver “atraso”? Quando se vive num verdadeiro dilúvio de emails, consegue-se parar e criar distância para reflectir, analisar e decidir aquilo que necessita de concentração e tempo de maturação? Infelizmente penso que não. Estamos a caminhar para uma situação de ficarmos viciados em pingue-pongue de emails, quase nervosos e ansiosos se não tivermos uma mensagem a chegar “naquele” ritmo. Se nos retirarem a internet/email durante um dia inteiro, o nervosismo e o “desespero” serão apenas por estarmos a perder informação e capacidade de trabalho ou estaremos antes a fazer figura de fumador compulsivo em voo transatlântico?
Por muito úteis e fantásticas que sejam todas as invenções têm um lado negativo/risco conforme a sua utilização e esta facilidade de comunicação permanente não foge à regra. Solução: regras? Criar cotas para quantidade de mensagens produzidas por dia, da mesma forma como um fumador tenta gerir a duração do seu maço de tabaco? Parece ridículo mas que estamos a ficar formatados de uma forma que me incomoda disso não tenho dúvidas…
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