28 março 2008

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Jaguar, provavelmente das marcas mais fortes no mundo e uma referência inquestionável no automóvel. “Very British”. Podia o desempenho e mesmo a qualidade intrínseca não serem nada de especial, comparando com outras opções menos nobres, mas Jaguar era Jaguar. Agora, a Jaguar pertence a um construtor automóvel indiano. É o império de pernas para o ar!

Já de há uns anos para cá que a indústria automóvel inglesa cai aos pedaços. É certo que ainda se constroem lá muitos veículos, mas marcas inglesas, mesmo inglesas, já não há. A história do grupo Rover é um exemplo. A BMW compra-o em 1994 mas seis anos depois, sem conseguir inverter o descalabro financeiro, sacode-o guardando apenas o Mini. Nesse pacote a Land Rover foi parar à Ford. A marca Rover, depois de umas curvas complicadas, é hoje propriedade da SAIC chinesa!

Na grande tormenta porque passa a indústria automóvel americana actualmente vão-se os anéis para salvar os dedos. A Ford entendeu que a sua divisão "luxo" que inclui a Land Rover e a Jaguar, adquirida em 1989, eram anéis dispensáveis. Quem os comprou? Os indianos da Tata. Portugal ainda não teve muito contacto com a marca Tata, uns automóveis muito baratos, adaptados ao mercado indiano, mas, para já, a anos luz dos padrões europeus.

Como ficará a clientela tradicional da Jaguar, já muito crítica da heresia de a Ford ter “re-estilado” um Mondeo para lhe chamar Jaguar, ao pensar na nova família?

Como ficará o orgulho britânico? Que a Rolls Royce seja controlada pela BMW ainda vá que não vá, agora Rover chinesa e Jaguar indiana?!?


Nota: Fotos extraídos dos sitíos das marcas

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