A notícia passou quase desapercebida. A Porsche controla a VW. Ou seja, um fabricante de carros muito especiais, para um nicho de mercado muito pequeno, ganhou dinheiro suficiente para comprar o maior fabricante europeu de automóveis de massa.
Gostava de conhecer a opinião dos fanáticos do crescimento e do volume como dogma inquestionável para qualquer estratégia empresarial sobre esta “irracionalidade”. Só foi possível, é claro, porque a Porsche é no fundo uma empresa familiar, orientada a criar valor de forma sustentada e não gerida por gurus financeiros da escola anglo-saxónica. Quem foi gerida por essa tropa foi a General Motors que acaba de perder a liderança mundial do sector, andando à toa a tentar entender o que deve fazer para travar aqueles que começaram por lhes morder os calcanhares e que agora já os estão a pisar. Sim, porque se em quota de mercado estão a recuar, então em resultados é o desastre total.
Para ilustrar este texto, deveria ter escolhido uma foto do Cayenne que está por trás de muita da riqueza recente da Porsche. Mas não. Há algo de emocional nesta história a que não resisti e impuseram-se dois outros, mais antigos. O Porsche 917, um quarentão que continua a ser uma referência estética imtemporal e o 935 Moby Dick, lembram-se do monstrinho?
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