7) Quando o califado acaba
Entre 910 e 1171, aparece no norte de África e no Egito um
califado opositor xiita, os fatímidas, conforme o nome da filha de Maomé.
Entre 1261 e 1517, formalmente o califado continua Abássida,
mas o poder efetivo está nos sultões Mamelucos do Cairo.
Em Marrocos houve dois califados secundários. O Almorávida
entre 1038 e 1147 e os Almóadas entre 1145 e 1269. Ambos vieram dar uma ajuda
aos muçulmanos da Península Ibérica, sendo contra estes últimos que decorreu a
reconquista final do Algarve e de quase toda a Andaluzia, exceto Granada.
Em 1517, o poder passa para os Otomanos, que serão
poderosíssimos, controlando todo o Mediterrâneo oriental e o norte de África,
chegando a ameaçar a Europa central, mesmo Viena. A tristemente famosa batalha
de Alcácer Quibir tem algo a ver com isto, nomeadamente com a disputa pelo
acesso dos Otomanos ao Atlântico.
O califado/império otomano vai entrar em decadência, tema
para muitas reflexões e especulações, e extingue-se após a criação do Estado da
Turquia após o final da I Grande Guerra.
Durante todos estes séculos, todo o muçulmano teve o seu
califa, sucessor de Maomé, mesmo que não coincidente para toda a comunidade.
Este período, após a I guerra, é um choque enorme. Os otomanos estiveram do
lado dos derrotados, o império colapsa e, para cúmulo, desaparece a figura do
califa. Há uma derrocada e uma falência…
Como vai reagir o mundo muçulmano a este descalabro…?
Começou aqui
Continua...
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