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22 setembro 2025

Olhando o Islão (VII)


7) Quando o califado acaba

 Depois das conturbações iniciais, chegou a dinastia dos Omíadas de Damasco em 661, substituídos depois pelos Abássidas de Bagdad em 750. Nesta transição há um omíada refugiado em Córdova que a autonomiza inicialmente em emirato em 756, posteriormente evoluindo para califado em 929

Entre 910 e 1171, aparece no norte de África e no Egito um califado opositor xiita, os fatímidas, conforme o nome da filha de Maomé.

Entre 1261 e 1517, formalmente o califado continua Abássida, mas o poder efetivo está nos sultões Mamelucos do Cairo.

Em Marrocos houve dois califados secundários. O Almorávida entre 1038 e 1147 e os Almóadas entre 1145 e 1269. Ambos vieram dar uma ajuda aos muçulmanos da Península Ibérica, sendo contra estes últimos que decorreu a reconquista final do Algarve e de quase toda a Andaluzia, exceto Granada.

Em 1517, o poder passa para os Otomanos, que serão poderosíssimos, controlando todo o Mediterrâneo oriental e o norte de África, chegando a ameaçar a Europa central, mesmo Viena. A tristemente famosa batalha de Alcácer Quibir tem algo a ver com isto, nomeadamente com a disputa pelo acesso dos Otomanos ao Atlântico.

O califado/império otomano vai entrar em decadência, tema para muitas reflexões e especulações, e extingue-se após a criação do Estado da Turquia após o final da I Grande Guerra.

Durante todos estes séculos, todo o muçulmano teve o seu califa, sucessor de Maomé, mesmo que não coincidente para toda a comunidade. Este período, após a I guerra, é um choque enorme. Os otomanos estiveram do lado dos derrotados, o império colapsa e, para cúmulo, desaparece a figura do califa. Há uma derrocada e uma falência…

Como vai reagir o mundo muçulmano a este descalabro…?

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