Começou aqui
4) E a prática?
Um dos problemas recorrentes daqueles que sentem estar no
“lado correto da história” é a tentação de promover os seus valores, não pelos
valores, mas pela força, pelas milícias e até pelo terror, se “necessário” for.
Como dizia Afonso Costa, o PRP devia permanecer no poder para «defender o povo,
mesmo contra a vontade do próprio povo».
Esta militância das “boas” causas pode ser um catalisador de
“maus” efeitos. Ainda sobre a nossa falhada Primeira República, há dificuldade
em dizer abertamente que foi a sua falta de sentido democrático e de respeito
pelo povo e instituições que abriu a porta ao Estado Novo. Não foram uns
malvados que apanharam o “povo” distraído e usurparam o poder. Foi a vacância
desse poder e de credibilidade que lhes deu a oportunidade e permitiu a sua
fácil aceitação.
Se hoje podemos agradecer aos movimentos liberais, incluindo
os maçónicos, o modelo de sociedade são (pelo menos mais são do que todos os
outros), em que vivemos, importante seria chamar o nome às coisas… e assumir e aprender.
Porquê o secretismo ?
Podemos entender que durante a Guerra Civil Espanhola um
maçon em território nacionalista, assim como um Opus Deu em zona republicana tivessem
interesse e necessidade em permanecerem discretos, a bem da respetiva esperança
de vida. Hoje ninguém, neste nosso mundo, corre riscos dessa natureza, donde,
qual o interesse ou a necessidade de ficar escondido? Nas minhas contas, quem
não deve, não teme e quem não teme não se esconde.
Será mesmo altamente recomendável que não se escondam…?
Depende… ver a seguir
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