15 agosto 2025

Um urso no Alasca


Meio mundo aguarda com expetativa o resultado da próxima cimeira no Alasca entre Trump e Putin, naturalmente. Aquela guerra precisa de acabar e considerando que já passaram mais de 24 horas depois da tomada de posse do presidente dos EUA…

Eu estou expectante, mas também cético. Supondo que até corre bem, as armas se calam e vamos a caminho de um acordo de paz, que garantias há de que Putin não inventa mais uma “ameaça” qualquer para relançar a ofensiva.

De recordar que este conflito foi iniciado sem que a Ucrânia tenha atirado uma simples pedra no território russo ou planear fazê-lo. A menos que a ocidentalização e liberalização de uma antiga colónia fosse uma pedra no sapato dos senhores do Kremlin.

Aparentemente o objetivo era “desnazificar” Kyiv e, se esse argumento legitimava a “operação especial” há três anos, porque não esse ou outro poderão ser de novo invocados? De recordar que em 1994 a Ucrânia entregou o arsenal nuclear soviético em seu poder, em troca de garantias de segurança e…

Quem começa uma guerra desta forma, não parece confiável para manter a paz sem uma forte coação militar e/ou económica. Todos aqueles que acreditam que as promessas de paz destes brutais senhores da guerra garantem algo, podem revisitar a história dos acordos de paz de Munique de 1938 e do que se seguiu.

Atualizado em 16/8 com a publicação no "Público"


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