Meio mundo aguarda com expetativa o resultado da próxima cimeira no Alasca entre Trump e Putin, naturalmente. Aquela guerra precisa de acabar e considerando que já passaram mais de 24 horas depois da tomada de posse do presidente dos EUA…
Eu estou expectante, mas também cético. Supondo que até corre
bem, as armas se calam e vamos a caminho de um acordo de paz, que garantias há
de que Putin não inventa mais uma “ameaça” qualquer para relançar a ofensiva.
De recordar que este conflito foi iniciado sem que a Ucrânia
tenha atirado uma simples pedra no território russo ou planear fazê-lo. A menos
que a ocidentalização e liberalização de uma antiga colónia fosse uma pedra no
sapato dos senhores do Kremlin.
Aparentemente o objetivo era “desnazificar” Kyiv e, se esse argumento
legitimava a “operação especial” há três anos, porque não esse ou outro poderão
ser de novo invocados? De recordar que em 1994 a Ucrânia entregou o arsenal
nuclear soviético em seu poder, em troca de garantias de segurança e…
Quem começa uma guerra desta forma, não parece confiável
para manter a paz sem uma forte coação militar e/ou económica. Todos aqueles
que acreditam que as promessas de paz destes brutais senhores da guerra garantem
algo, podem revisitar a história dos acordos de paz de Munique de 1938 e do que
se seguiu.
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